Repsol adia furo no mar em frente a Faro

A Repsol não vai avançar com o furo para gás natural no mar, ao largo do Algarve, que devia ter […]

plataforma de exploração de gás e petróleo da RepsolA Repsol não vai avançar com o furo para gás natural no mar, ao largo do Algarve, que devia ter início em Outubro próximo, noticia hoje o Jornal de Negócios.

«O projeto de pesquisa está em processo de revisão, não havendo nesta altura data fixada para a perfuração», diz fonte oficial da Repsol Portugal, citada pelo Jornal de Negócios.

Depois de o consórcio Galp/ENI ter anunciado também o adiamento do seu primeiro furo, que deveria ocorrer a cerca de 45 quilómetros do litoral do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, ou seja, frente aos concelhos de Aljezur (Algarve) e Odemira (Alentejo), agora é a vez de a petrolífera espanhola anunciar também o congelamento dos seus planos.

O consórcio formado pela Repsol e pela portuguesa Partex previa fazer um furo a uma distância de 40 a 50 quilómetros da costa do Sotavento algarvio, frente a Faro.

O consórcio detém quatro áreas para procurar hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) no mar da costa Sul do Algarve. Tendo em conta que a Repsol já explora gás natural a 50 quilómetros de Portugal, no golfo de Cádis, também no mar algarvio há boas hipóteses de haver esse hidrocarboneto.

No caso do furo exploratório que a Galp/ENI deveriam começar a abrir este Verão, na Costa Alentejana, o presidente da Galp Energia anunciou, em finais de Julho, que ficaria adiado, não havendo nova data prevista.

Carlos Gomes da Silva disse que tudo estava pronto em termos técnicos e logísticos para fazer o furo, mas a decisão da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de prolongar o prazo de consulta pública, por mais 30 dias, levou a que fosse perdida «a oportunidade».

Até 4 de Agosto, esteve a decorrer o período de consulta pública sobre a pretensão do consórcio Galp/ENI, que estava a gerar grande contestação por parte das associações ambientalistas, dos movimentos anti exploração de petróleo, de todos os municípios do Algarve e de associações empresariais.

A italiana ENI (que tem 70% do consórcio) e a Galp voltarão a avaliar em 2017 se vale a pena fazer o furo, mas o presidente da petrolífera portuguesa diz que na altura se verá se vale a pena fazer o investimento.

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