Exposição dedicada a Ernesto Melo Antunes abre no Quartel da Atalaia

A exposição “Liberdade e coerência cívica – o exemplo de Ernesto Melo Antunes – na história contemporânea portuguesa” abre no […]

A exposição “Liberdade e coerência cívica – o exemplo de Ernesto Melo Antunes – na história contemporânea portuguesa” abre no sábado, 29 de março, às 18h00, no Quartel da Atalaia, em Tavira, no âmbito das comemorações do 40.º aniversário do 25 de Abril.

A exposição, organizada em estreita colaboração entre a Câmara Municipal de Tavira, o Regimento de Infantaria n.º 1, a Associação 25 de Abril e a família Melo Antunes, representada por seu irmão Fernando Melo Antunes, estará patente até ao dia 31 de agosto e pode ser visitada, todos os dias, até ao final do mês de junho, das 10h00 às 18h00 e, nos meses de julho e agosto, das 10h00 às 22h00.

Ernesto Melo Antunes foi uma das figuras centrais do Movimento dos Capitães que em 25 de Abril de 1974 derrubou a ditadura e devolveu a liberdade e a democracia ao povo português.

Nascido em Lisboa, em 1933, o coronel Melo Antunes antes de ingressar na Escola do Exército viveu durante sete anos em Tavira, cidade de que muito gostava e que visitava com regularidade e onde se encontrava com os amigos.

Seguiu a carreira militar como o seu pai, cumpriu três comissões de serviço em África, mas sempre ligado à oposição ao regime.

Pela sua capacidade intelectual e formação política, assume papel central e doutrinário na Revolução da Abril de 1974, coordenando a redação do famoso manifesto “O Movimento, as Forças Armadas e a Nação“ e o programa político dos “3 D”: democratizar, descolonizar e desenvolver.

Foi membro da Coordenadora do MFA, Conselheiro da Revolução, presidente da Comissão Constitucional, Conselheiro de Estado, Ministro sem pasta dos II e III Governos Provisórios, Ministro dos Negócios Estrangeiros no IV Governo Provisório e sub-diretor Geral da UNESCO (1986-88).

Em 1991 passou à reforma, falecendo a 10 de agosto de 1999.

Num momento em que Portugal atravessa tempos difíceis, com os valores da democracia económica e social, a soberania e identidade nacionais em perigo, justifica-se esta homenagem de gratidão aos Capitães de Abril na pessoa de um dos seus mais destacados protagonistas, o coronel Ernesto Melo Antunes.

Comentários

pub