LUZA transporta Loulé para uma «realidade diferente»

  O “LUZA”, que vai iluminar Loulé entre esta sexta-feira, dia 24, e domingo, dia 26, promete levar os visitantes […]

  O “LUZA”, que vai iluminar Loulé entre esta sexta-feira, dia 24, e domingo, dia 26, promete levar os visitantes deste festival de luz a uma «realidade diferente».

Beau McClellan, mentor do evento,  em entrevista ao Sul Informação, no Convento de Santo António, onde estará exposta uma das suas obras durante o LUZA, revelou ter «expetativas muito altas» para a primeira edição do festival. «É a primeira vez que fazemos uma iniciativa a este nível e a energia é fantástica. Os artistas, muitos deles que costumam trabalhar em vários pontos do mundo, estão a gostar muito de estar em Loulé».

Segundo Beau McClellan, um escocês que reside há 27 anos em Loulé, o que mais atrai estes artistas à cidade «é que está tudo muito perto, a uma distância que pode ser feita a pé. Pode visitar-se uma instalação, parar para uma cerveja, e seguir para a próxima. Nos festivais de luz, em cidades maiores, é preciso apanhar transportes. Uma instalação está num lado da cidade e outra está no outro. Aqui está tudo muito perto e a arquitetura, no centro da cidade, é muito bonita».

Beau McClellan

O mentor do LUZA está curioso para «ver como as pessoas vão reagir. É algo novo para elas e espero que gostem. Podemos levá-las a uma realidade diferente daquela a que estão habituadas».

O primeiro LUZA «é o início de um projeto ambicioso» que, «se correr bem, pode ter patrocínios maiores no próximo ano e não terei de pedir tantos favores», uma vez que muitos dos artistas participantes no festival, «são bons amigos que conheço há muitos anos», revela Beau. Ainda assim, «não foi muito difícil trazê-los porque queriam vir a Loulé».

O artista escocês convidou outros pares de países como Espanha, Polónia, Reino Unido, México, Japão, Dinamarca e Portugal, para produzirem instalações. A data de realização destina-se a integrar o LUZA no roteiro de festivais internacionais de iluminação artística, como Fête des Lumières (Lyon), Glow (Eindhoven), Luci d’artista (Torino), entre outros festivais europeus.

O festival arranca esta sexta-feira, com uma “Torch Light Parade” (Parada de Tochas), às 18h30, que parte do Santuário da Mãe Soberana em direção ao centro da cidade. «A estrada é muito bonita e queremos ter tantas pessoas quanto possível. É importante que tragam as crianças, acendam uma tocha, gastem um euro que vai ajudar uma instituição de caridade. É uma forma muito bonita de abrir o festival de luz e vai ser uma parada fantástica».

Beau McClellan aponta à participação de 2000 pessoas neste momento do festival. «A Noite Branca reúne em Loulé 60 mil pessoas, o Festival MED o mesmo. Se tivermos uma pequena fração… Vai ser um momento muito bom para famílias e crianças. Acho que vai ser muito divertido. O santuário vai estar iluminado também, vamos mudar a sua aparência, com um look moderno e vai fazer um efeito fantástico».

Além deste desfile de tochas, haverá 15 instalações de luz espalhadas pela cidade e, no sábado, às 15h00, está marcada a Conferência “Working with Light”, no Cine-Teatro Louletano, que Beau McClellan garante que não será aborrecida.

«Nunca quis que a luz se tornasse aborrecida. Tenho ida a conferências com powerpoints, discussões técnicas e não queremos isso. Vamos convidar o público para uma conversa, que vai elucidar as pessoas acerca do trabalho com luz. É um momento aberto a todo o público. Haverá café, se tivermos sorte umas bebidas», graceja.

«O LUZA é para toda a gente! Não é para conhecedores de arte contemporânea e de escultura. É para famílias e crianças! Não é um evento de elite, é um evento para toda a gente!», conclui.

O LUZA é organizado e produzido pela ByBeau e a Eventor’s Lab, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, e a chancela do programa 365 Algarve.

A programação do LUZA está disponível aqui.

Comentários

pub