Mais de mil artigos foram apreendidos na passada sexta-feira, 16 de Maio, em estabelecimentos comerciais dedicados à venda de produtos derivados da canábis, vulgarmente conhecidas por smartshops, no concelho de Albufeira.
A operação de fiscalização, levada a cabo pela GNR e pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), decorreu na sequência de «diversos relatos de situações de emergência médica associadas ao consumo de substâncias adquiridas neste tipo de estabelecimentos».
Durante a operação, que teve como como objetivo «verificar o cumprimento dos normativos legais aplicáveis à comercialização destes produtos», a GNR detetou que havia vários artigos «fora das condições legalmente previstas».
«Estes produtos continham substâncias psicotrópicas proibidas, designadamente tetrahidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa presente na planta da canábis», explica a GNR em comunicado.
A operação culminou na identificação de três homens, com idades entre os 25 e os 63 anos, e de uma mulher de 37 anos.
Além disso, foram apreendidas 546 saquetas contendo liamba, correspondentes a 511 doses individuais; 406 cigarros manufaturados contendo liamba; 107 embalagens contendo haxixe, correspondentes a 290 doses individuais; e 38 dispositivos eletrónicos de inalação (vape pens) com THC.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Albufeira.
Numa nota enviada às redações, a GNR alerta para os riscos associados ao consumo de substâncias com efeitos psicoativos e recorda que a venda de produtos derivados da canábis «obedece a normativos europeus e nacionais bastante restritos, com regras definidas desde o cultivo da planta até à venda ao consumidor final».
