Uma obra «muito desejada por todos» e que «foi bem difícil de concretizar»: é assim que António Pina, presidente da Câmara de Olhão, se refere ao novo troço da Ecovia Litoral do Algarve, entre Bias e o limite Nascente da Quinta de Marim, que agora está ligado por uma ponte de madeira, inaugurado oficialmente no passado domingo, 8 de Dezembro.
«Foi [um investimento de] pouco mais de 150 mil euros, mas uma obra que levou mais de seis anos a conseguir concretizar, seja devido às entidades ligadas à natureza, seja pelo acesso aos terrenos, porque muitos por onde vamos passar são privados», recordou o autarca olhanense, louvando o trabalho de negociação do vice-presidente da Câmara.
Perante uma plateia de dezenas de caminhantes e ciclistas, António Pina realçou ainda que «falta cerca de 10%, que é um pequeno troço que passa por trás de umas casas cujos proprietários não quiseram negociar».
«Esta é uma obra muito desejada por todos aqueles que utilizam esta frente ribeirinha que vai desde a Fuzeta, agora, até Faro. Falta o passo seguinte, que é Faro fazer a ligação e espero que o próximo presidente o faça», rematou, entre risos.
Entretanto, logo no dia a seguir, 9 de Dezembro, a Câmara de Faro aprovou o lançamento do concurso para essa mesma ligação.
Paula Rodrigues é uma das munícipes que não tem dúvidas de que iniciativas como esta são «sempre importantes» para «mover a comunidade e motivar a prática de exercício físico».
«Este é um percurso utilizado por muita gente, principalmente pessoas daqui do concelho de Olhão, e agora com esta ponte ainda vai haver mais pessoas a utilizar. Aquele percurso tornava-se inacessível e perigoso e isso fazia com que as pessoas muitas vezes voltassem para trás e quebrassem o ritmo e agora penso que isso já não vai acontecer», continuou Paula Rodrigues.
A olhanense é um dos membros dos “Pirilampos de Moncarapacho”, um grupo informal que se junta duas vezes por semana para caminhar à noite e que agora também passará a utilizar este percurso.
O novo troço desenvolve-se, em grande parte, junto às marinhas existentes a sul da linha férrea e tem cerca de 4 quilómetros. Agora, o percurso tornou-se maior e sem cortes devido à ponte de madeira que foi construída, permitindo que as pessoas passem por cima da linha de água existente naquela zona.
Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação