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O arqueólogo Cláudio Torres, fundador do Campo Arqueológico de Mértola, foi distinguido esta terça-feira, 13 de Junho, nos Prémios Europeus do Património Cultural Europa Nostra. 

Esta distinção premeia o trabalho de mais de 40 anos do arqueólogo, a «par do centro de investigação que criou em Mértola que desempenha um papel fundamental na valorização e conservação do património islâmico em Portugal», salienta o júri dos galardões.

Nascido em 1939, Cláudio Torres é fundador e diretor do Campo Arqueológico de Mértola. Fundador e diretor da revista “Arqueologia Medieval”, foi doutor “honoris causa” pela Universidade de Évora (2001).

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Prémio Pessoa em 1991, dois anos depois, em 1993, foi investido pelo Presidente da República com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Desde 2006, membro do Conselho Consultivo do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR).

Entre 1974 e 1986, foi docente de várias cadeiras ligadas à História Medieval na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Entre 1986 e 1996, desempenhou funções de chefe da Divisão Sociocultural da Câmara Municipal de Mértola. Entre 1996 e 2002 (data da sua reforma), foi diretor do Parque Natural do Vale do Guadiana.

Em 2001, foi representante de Portugal no Comité do Património Mundial da UNESCO e, entre 1996 e 2007, presidente da Comissão Nacional Portuguesa dos Monumentos e Sítios – ICOMOS. Entre 2004 e 2012, também foi Coordenador Nacional da Rede Portuguesa da Fundação Anna Lindh.

Além de já ter recebido uma Medalha de Mérito Cultural, outorgada pelo Governo ao arqueólogo em Janeiro de 2020, o nome de Cláudio Torres foi também atribuído ao Museu.

Os Prémios Europeus do Património Cultural Europa Nostra premiaram também o restauro dos tetos Mudéjares da Sé Catedral do Funchal, a salvaguarda da técnica de pesca artesanal “Arte-Xávega” e o Projeto Almada.

Estes projetos portugueses estão entre 30 de 21 países este ano selecionados pela organização não-governamental Europa Nostra, anunciou o Centro Nacional de Cultura (CNC), representante português nesta entidade promotora dos galardões para o património europeu.

Os tetos em estilo mudéjar da Sé Catedral do Funchal, com 1.500 metros quadrados, foram restaurados «com base nas melhores práticas de conservação da madeira, e envolveu uma equipa interdisciplinar de profissionais de topo de várias nacionalidades», segundo a sustentação do júri para a escolha dos premiados, divulgada pela organização.

Também foi galardoado o projeto de salvaguarda da técnica de pesca artesanal “Arte-Xávega” no litoral português, enquadrado num programa de transferência de conhecimento e saber-fazer, numa investigação que dá a conhecer práticas exemplares de salvaguarda de «um dos últimos exemplos de pesca artesanal e sustentável na União Europeia», sublinha o júri dos prémios.

O Projeto Almada – iniciativa multidisciplinar que utiliza a investigação científica para apresentar a arte mural do artista modernista Almada Negreiros (1893-1970) numa nova perspetiva – foi igualmente selecionado pelo seu «alcance exemplar junto de diversas comunidades», aponta o júri.

Este projeto está centrado em cinco núcleos de pinturas murais existentes nas gares marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde d’Óbidos e noutros edifícios de Lisboa (Igreja de Nossa Senhora de Fátima, antigo edifício-sede do Diário de Notícias e Escola Patrício Prazeres).

A cerimónia de entrega dos prémios será um dos pontos altos da Cimeira Europeia do Património Cultural 2023, organizada pela Europa Nostra com o apoio da Comissão Europeia, que irá decorrer de 27 a 30 de Setembro, em Veneza.

 



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