Sete candidatos – cinco homens e duas mulheres – estão na luta pela Câmara de Lagos, nas Eleições Autárquicas de 26 de Setembro. Apesar de ser o atual presidente, Hugo Pereira candidata-se, pela primeira vez, ao cargo que já ocupa, enfrentando adversários de todos os quadrantes políticos: da direita à esquerda.
Nas eleições de 2017, o atual presidente da Câmara de Lagos foi o número 2 da lista de Maria Joaquina Matos.
Só que, menos de dois anos depois, nas Legislativas de 2019, a autarca rumou à Assembleia da República para ocupar um cargo de deputada, eleita pelo PS.
Hugo Pereira assumiu as rédeas da Câmara de Lagos desde então e é agora, pela primeira vez, cabeça de lista dos socialistas a este órgão autárquico.
Na corrida, tem como um dos principais adversários Pedro Moreira.
Foi ainda em Março – no segundo confinamento geral – que Rui Rio anunciou que Pedro Moreira, líder da concelhia do PSD desde 2017, ia ser o candidato à Câmara.
Na luta pela Câmara de Lagos, há um partido estreante: o Chega.
Delano Chiattone, empresário do setor da restauração, com um negócio em Alvor (Portimão), é o candidato do partido de André Ventura.
Todas as outras forças políticas já concorreram às Autárquicas. O professor Alexandre Nunes, até agora membro da Assembleia Municipal, é o cabeça de lista da CDU, enquanto Maria João Sacadura, também professora, é a candidata do PAN.
A coligação “Lagos com Futuro”, que em 2017 conseguiu eleger um vereador, volta a concorrer. Desta vez, os independentes escolheram Ana Margarida Martins como a cabeça de lista para a Câmara.
Tiago Carvalho (CDS/PP) fecha o rol de candidaturas.
A corrida para a Assembleia Municipal tem duas caras bem conhecidas dos lacobrigenses. Maria Joaquina Matos está de regresso para ser a cabeça de lista do PS a este órgão autárquico.
No PSD, o escolhido é Nuno Serafim que, depois de ter concorrido à Câmara – tendo sido eleito vereador -, tenta agora a Assembleia Municipal.
Há ainda mais duas particularidades: Maria João Sacadura é, além de candidata à Câmara, concorrente à Assembleia Municipal, pelo PAN, e o Bloco de Esquerda, que não se candidata à Câmara, escolheu David Roque para a AM.
Os restantes cabeças de lista são Fernando Ildefonso (Lagos com Futuro), José Freire de Oliveira (CDU), Maria da Graça Ribeiro (CDS/PP), Paulo Rosário Dias (Chega).
Este último já foi candidato a outros cargos, mas por forças políticas diferentes, sempre ligadas às questões ecologistas. Primeiro foi candidato a eurodeputado, pelo Partido da Terra (MPT), do qual foi mesmo coordenador regional, depois a deputado pela Frente Ecologia e Humanismo, uma coligação que, nas Legislativas de 2009, juntava o MPT e o Partido Humanista.
Nas Autárquicas de 2013, Paulo Rosário Dias candidatou-se à Câmara lacobrigense pelo movimento independente «Um novo começo para Lagos». Nunca foi eleito.
No que toca às Assembleias de Freguesia, há a particularidade de cinco forças políticas concorrem às quatro (Bensafrim e Barão de São João, Luz, São Gonçalo de Lagos e Odiáxere). São eles o PS, PSD, Chega, CDU e os independentes do “Lagos com Futuro”.
Nas últimas eleições autárquicas, disputadas a 1 de Outubro de 2017, o PS venceu a Câmara com 52.98% (5.786 votos), garantindo a maioria absoluta e elegendo cinco vereadores. A coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 13,67% (1.493 votos, um vereador).
O movimento “Lagos com Futuro” conquistou 11,90% (1300 votos, elegendo um vereador).
A CDU obteve 7,14% (780 votos), o BE 5,07% (554 votos) e o PAN 3,48% (380 votos).
Votaram 10.921 munícipes, num universo de 24.314 inscritos, o que corresponde a 44,92% do total (a abstenção foi de 55,08%).
