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Seis associações empresariais do Algarve juntaram-se para «enfrentar a grave situação económica» da região, apelando à mobilização «de todos os empresários na defesa da economia, das empresas e do emprego». 

ACRAL (Associação do comércio e Serviços da Região do Algarve), AHETA (Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve), AIHSA (Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve), CEAL (Confederação dos Empresários do Algarve), NERA (Associação Empresarial da Região do Algarve) e ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) são as associações subscritoras de uma carta em que defendem a necessidade de «medidas urgentes» para responder à crise provocada pela Covid-19.

A consequência imediata na região, relembram, foi a paragem «da atividade do principal setor económico – o turismo».

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«A quebra abrupta do fluxo de turistas, além dos efeitos no alojamento, teve consequências em todos os setores da atividade económica da região que respondem às necessidades da procura dos turistas: desde logo na restauração, mas também no comércio, atividades culturais e de lazer, serviços, transportes, equipamentos, etc. O universo empresarial do Algarve regista 70 mil empresas em todos os setores de actividade, das quais 20 mil são sociedades (INE)».

Esta situação gerou quebras de «atividade das empresas dos diferentes setores da ordem dos 70, 80, 90%, gerou desemprego e travou a contratação de trabalhadores para o Verão», dizem as associações.

Entretanto, tudo se agravou, «de forma dramática, em consequência da obrigatoriedade de quarentena imposta pelo Reino Unido, relativamente aos turistas provenientes de Portugal», acrescentam.

Trata-se «de um golpe profundo nas expetativas dos empresários e da economia da região, cuja consequência pode originar milhares de insolvências. A quebra destes mercados turísticos, em especial o Britânico, defrauda não só as expectativas de atenuação dos prejuízos das empresas, acumulados desde Março, como a esperança de enfrentar a época baixa em melhores condições».

Por isso, as associações «apelam ao Governo para que intensifique a sua ação política, no sentido de alterar rapidamente as decisões daqueles países de impor quarentena aos turistas provenientes de Portugal e em particular do Algarve».

Quanto ao plano de recuperação para a região, anunciado pelo ministro da Economia, é «uma boa notícia», mas a sua concretização «é urgente».

O Algarve «pelas características da sua economia e da especificidade e da sua estrutura (peso significativo do turismo, existência de outros setores indispensáveis, estrutura empresarial dominante de PME’S, tipologia de emprego, alta sazonalidade), necessita de uma estrutura económica equilibrada e consistente».

A região «necessita de uma visão estratégica que aponte linhas de diversificação económica, no aproveitamento de recursos endógenos, numa perspetiva de uma economia moderna e competitiva, assente num desenvolvimento sustentável, tendo também em conta, o novo quadro de recuperação económica proposto recentemente pela União Europeia».

Posto isto, as associações dizem que vão solicitar audiências para apresentar ao Governo, em particular ao ministro da Economia e ao Presidente da República, estas linhas de trabalho e um pacote de propostas com medidas concretas.

As seis associações vão ainda dinamizar um debate entre os empresários do Algarve sobre estas linhas de trabalho, com objetivo de as enriquecer e transformá-las em ação.

Por fim, as associações  propõem «cooperar com outras entidades da região, como «instituições e órgãos públicos regionais, municípios e Universidade».

 

Subscritoras:

ACRAL– Associação do comércio e Serviços da Região do Algarve
AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve
AIHSA–Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve
CEAL- Confederação dos Empresários do Algarve
NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve
ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários

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