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No país da Turákia, há seres de todos os tamanhos. Uns são grandes, outros pequenos, mas todos partilham um mesmo ADN: são feitos de coisas que não valem nada, sejam paus, fios, madeiras… A partir desta sexta-feira, dia 21, vão viver em Aljezur e Monchique. 

“Deux Pierres” é o novo espetáculo do “Lavrar o Mar“, inserido na programação do “365Algarve”, que, mais uma vez, promete surpreender, até porque representa uma estreia neste programa.

«Será um teatro de objetos de uma companhia francesa – a Turak Théâtre – que já existe há bastantes anos e que tem como objetivo único alimentar um país imaginário», começa por explicar Madalena Victorino, ao Sul Informação. 

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Esse país é a Turákia. Lá, toda a população «vive pendurada por um fio e é por isso que não conseguimos encontrá-los nos nossos mapas», diz, entre risos.

As particularidades não se ficam por aqui. Estes seres imaginários são «feitos de coisas que não valem nada»: uma espécie de “bricolage” poética.

Há molas da roupa velhas, pedacinhos de fio e cordéis, traves e troncos de madeira e até caroços de fruta. «São, no fundo, aquelas coisas às quais não damos valor. Estes seres têm tamanhos muito variados. Uns são do nosso tamanho, outros são como batatas», diz Madalena.

 

Sul Informação

 

Ao longo do espetáculo de uma hora, estes seres vão, de certa forma, «cair em Aljezur e Monchique para nos contarem a vida da Turákia».

«Vão contando histórias, através do movimento e da manipulação que o Michel Laubu faz. Tudo tem imenso humor e uma grande densidade. Eles não falam, mas nós compreendemos as suas palavras», antecipa a programadora cultural do “Lavrar o Mar”.

“Deux Pierres” tem exibições marcadas para a Escola EB 2,3 de Aljezur nos dias 21 e 22 de Fevereiro (21h30) e 23 (18h00). Já no concelho de Monchique, será a Casa do Povo de Alferce o palco para este espetáculo. Será nos dias 28 e 29 de Fevereiro (21h30) e 1 de Março (18h00).

Desta vez, há uma grande novidade. Em paralelo a “Deux Pierres”, decorrerá um laboratório artístico, com Michel Laubu, no Espaço + de Aljezur – 24 a 27 de Fevereiro, das 10h00 às 17h00.

«Estamos interessados em apostar nessa vertente, criando residências para que este público que já nos é tão fiel possa também pôr as mãos na massa. Neste caso, esta residência destina-se a pessoas que tenham interesse em manipulação e pelo trabalho com objetos envelhecidos», enquadra Madalena Victorino.

Quem estiver interessado em entrar ainda mais no mundo da Turákia, ainda sobram quatro a cinco lugares e as inscrições devem ser feitas para o e-mail [email protected].

Os espetáculos, esses, também ainda têm lugares disponíveis para todas as sessões, com os bilhetes a custarem 8 euros, podendo ser comprados aqui.

«Este é um espetáculo histórico que já esteve no Centro Cultural de Belém, em Coimbra, em Évora, mas a que decidimos voltar porque é uma linguagem que ainda não tínhamos experimentado no “Lavrar o Mar”. Venham!».

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