Cabrita Neto foi «um dos mais carismáticos dirigentes políticos da região e dos maiores responsáveis pela evolução histórica positiva do Turismo do Algarve». O presidente da Região de Turismo do Algarve Desidério Silva manifestou publicamente o seu pesar pelo desaparecimento deste «grande homem», que foi presidente desta entidade – na altura chamada Comissão Regional de Turismo do Algarve – entre 1976 e 1979.
Além de exercer este cargo, Cabrita Neto, falecido esta segunda-feira, foi Governador Civil, deputado à Assembleia da República, eleito pelo PSD, e lider deste partido a nível regional.
O presidente da RTA, em nome da entidade que dirige, lembrou que Cabrita Neto «liderou os destinos do turismo algarvio no período conturbado do pós-revolução de abril, momento ainda marcado por alguma convulsão económica e social».
Mas isso não demoveu «a sua imensa vontade de dinamizar a promoção do Algarve», nem fragilizou «a sua convicção em torno da necessidade de criar uma política de animação que inscrevesse a região no calendário de eventos nacional». Durante a direção de Cabrita Neto, foram lançados eventos como o “Cross das Amendoeiras”, o “Festival de Música”, o “Festival Nacional de Folclore” ou o “Festival da Cerveja”.
«É costume dizer-se que a vida dos grandes políticos, ou das grandes personalidades, se confunde com a do tempo histórico que viveram. Assim é, e assim o foi, no caso de Cabrita Neto», considerou o presidente da RTA.
«Lutou pelo Algarve, como deputado na Assembleia da República, durante várias legislaturas. Lutou pelo Algarve enquanto governador civil de Faro, cargo que exerceu ao longo de uma década. Lutou pelo Algarve, ainda, nos anos em que presidiu esta Região de Turismo e a AIHSA. E por esta luta reconhecida, bem como pelos serviços excecionais prestados ao turismo algarvio, recebeu em 2003 a Medalha de Ouro do Turismo e em 2016 o Diploma de Mérito, atribuídos pela RTA», recordou, ainda, Desidério Silva.
