Ruy Pargana dos Santos, que foi um dos mais distintos comerciantes de Portimão e antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia portimonense (SCMP), faleceu esta segunda-feira, aos 98 anos, no Lar da SCMP, na sua cidade.
A Santa Casa da Misericórdia de Portimão recorda que Ruy Pargana «estava doente há algum tempo. Acometido de uma pneumonia e de problemas respiratórios, esteve internado no Hospital do Barlavento e depois no Hospital de São Camilo, onde logrou uma recuperação positiva. Porém, a idade avançada e as mazelas das doenças condicionaram o triste final».
Ruy Pargana dos Santos foi um dos mais antigos e conceituados comerciantes de Portimão, onde foi proprietário de vários estabelecimentos em sociedade com os irmãos, nomeadamente a Casa Ruy, a Monte Carlo e a Riviera, na rua do comércio. Ele foi mesmo um dos grandes impulsionadores da criação em Portimão, ainda nos anos 70 do século passado, de uma rua inteiramente dedicada ao comércio, pedonal e fechada ao trânsito automóvel.
Ruy Pargana dos Santos foi também provedor da Santa Casa durante vários mandatos. Segundo a SCMP, «a sua coroa de glória na instituição terá sido a construção do novo Hospital da Misericórdia, inaugurado pelo então Presidente da República Américo Tomás, em Maio do já distante ano de 1973».
Na última edição do jornal «Coração», órgão da Misericórdia de Portimão, foi publicada uma reportagem sobre aquele evento, que marcou pela positiva a vida na instituição e lhe proporcionou outras dinâmicas na prestação de cuidados de saúde hospitalares.
«O empenho e a liderança de Ruy Pargana à frente da Mesa Administrativa, também ela dinâmica e proativa, ajudaram sobremaneira a concretização do velho sonho de construção do novo Hospital da Misericórdia».
No edifício funcionou, depois do 25 de abril de 1974 e até 1999, o Hospital Distrital de Portimão. Atualmente, funciona ali, entre outros serviços da Santa Casa, o Hospital de S. Camilo, «herdeiro legítimo e natural do Hospital da Misericórdia».
O funeral de Ruy Pargana está marcado para esta quarta-feira, em hora a indicar, tudo apontando, no entanto, que seja para as 15h00, saindo o féretro da Igreja do Colégio para o cemitério de Portimão.
