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Sul Informação - Alternativa à vista?

Riqueza Desprezada – 9. A catástrofe vai continuar?

Sul InformaçãoEm Portugal, há riquezas desprezadas e despesismo no setor público. Pior, não se previnem catástrofes, mesmo quando alertadas pelos especialistas.

Há dias, mostrei, na Academia de Ciências, que Portugal perde 8 mil milhões de euros por ano, entre pastagens e madeiras devoradas pelo fogo e ao não aproveitar resíduos florestais para produzir energia e extratos para a indústria farmacêutica e cosmética.

A catástrofe de Albufeira estava há muito prevista. Na Associação local, muitos comerciantes da baixa opuseram-se a parte das obras da Polis, que o presidente da Câmara impôs. Falaram das chuvas que ocorrem a cada oito a nove anos e que a Ribeira de Albufeira, agora encanada, escoa um grande vale.

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Com a piora contínua das condições climáticas, há muito prevê-se marés mais vivas, a subida do mar, ao mesmo tempo que enxurradas são mais frequentes. Parece que muitos políticos têm interesse em obras faraónicas, inúteis e opacas e assim não ouvem os nossos alertas.

A Proteção Civil gosta de catástrofes; é ótima em mostrar quantas pessoas e meios foram utilizados para abrandá-los, em vez de evitá-los. Pois quanto maior o orçamento, mais prestígio e, talvez, opacidade?

Noutros países, bom administrador é o que prevê e previne, não o que onera o orçamento com custos evitáveis. O pior custo é o privado, que governos só compensam em parte após muitos anos. E o humano, a triste perda dos bens e parentes queridos, a dor de sentir destruído o trabalho de uma vida?

Pagamos impostos para que os governos usem a experiência dos especialistas e dos que já viram muito, em anteriores décadas. Se os governos rompem o pacto social ao nos infligir catástrofes previsíveis, ao infringir os nossos direitos, podemos negar pagar as obrigações, isto é, os impostos.

Temos duas opções: protestos nas ruas, o que não surte efeito, parar de pagar os impostos ou mudar o sistema. A escolha é nossa, amigos!

A democracia não cai do céu, de Bruxelas ou Lisboa. Deve ser conquistada a cada dia com ações, não só palavrões.

Outras catástrofes já alertadas são as de fogos em grandes superfícies. Os corredores amplos, aprovados pelos bombeiros, são usados para stands, aos fim-de-semana. No Brasil, há poucos anos, 284 morreram ao não conseguir sair.

Aqui os bombeiros não podem autuar, há uma lacuna no regulamento, e a ASAE não tem a coragem de multar os mais ricos do país. Só depois de perdas de milhões é que as agências de controlo irão (talvez) agir?

E nós? A continuar a perder, calados? É hora de mudar! YES, WE CAN!!!

 

Autor: Jack Soifer é consultor internacional, autor dos livros «Empreender Turismo de Natureza», «Como Sair da Crise», «Portugal Rural», «Algarve/Alentejo – My Love» e «Portugal Pós-Troika»

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