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Sul InformaçãoPara já, são apenas esturjões juvenis, ainda muito longe de se poder reproduzir, mas o seu potencial como produtores do precioso caviar já os torna interessantes para os que lidam de perto com esta iguaria. Dez chefes e subchefes de cozinha de topo, que trabalham em restaurantes muito conceituados a nível nacional, alguns com estrelas Michellin, visitaram a empresa Caviar Portugal, que está a dar os primeiros passos para produzir caviar na Universidade do Algarve.

Os visitantes, entre os quais  se contavam o Chef Vicent Farges, «do restaurante do Guincho» e o Chef Benoit Sinthon, «do Four Seasons, da Madeira», mostraram-se interessados em conhecer a empresa e em ser «os primeiros a experimentar» o caviar que esta venha a produzir.

«Alguns Chefs de restaurante de renome fizeram um périplo pelo Algarve, para visitar diferentes produtores algarvios. E decidiram vir cá, para ver o que estávamos a fazer com os esturjões», revelou um dos promotores da Caviar Portugal Paulo Pedro, em declarações ao Sul Informação e à Rádio universitária do Algarve RUA FM (102.7 FM).

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«Quiseram conhecer todo o processo produtivo e como é que nós estávamos a pensar levar o negócio para a frente, o que iríamos produzir no futuro e em que condições. Eles acharam tudo muito interessante, não estavam à espera de encontrar uma ideia desta aqui no Algarve. A maioria nem conhecia o projeto», revelou.

Sul InformaçãoNo final, Paulo Pedro ficou «com a impressão de que eles ficaram bem impressionados e entusiasmados com o que poderá sair daqui». «Claro que discutimos muito a questão da qualidade e do sabor, se este produto vai ser melhor do que outros que estão no mercado», disse.

Para já, a Caviar Portugal ainda não tem produto para dar a provar, uma vez que a produção de esturjão em aquacultura e eventual extração das suas ovas, o bem conhecido caviar, é um projeto de longo prazo. Ainda demorará alguns anos até que estes juvenis cresçam o suficiente para acasalar.

Até lá há muitos gastos, terá de haver um upgrade na zona de acolhimento dos esturjões. É preciso muito espaço e equipamento avançado, algo que a Caviar Portugal está neste momento a procurar garantir, mas que irá custar cerca de 3 milhões de euros. A “cenoura” para os investidores é o elevado preço de mercado do caviar, cujo quilo pode atingir preços próximos dos mil dólares.

Sendo o esturjão uma espécie protegida a nível mundial, os chefes de cozinha têm agora de procurar adquirir caviar junto de produções aquícolas como a que a Caviar Portugal se propõe dinamizar.

«Há 25 espécies de esturjão, a maioria delas estão ameaçadas. Mas consegue-se encontrar, na América do Norte, esturjão que cresce em ambiente natural. Mas o da Europa está muito ameaçado. A larga maioria do caviar que existe no mercado é de Aquacultura», ilustrou Paulo Pedro.

O projeto Caviar Portugal nasceu no seio da UAlg, instituição à qual aind atem uma forte ligação. O projeto para produzir esta iguaria no nosso país foi um dos vencedores do último concurso «Ideias em Caixa», promovido pelo CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da universidade algarvia e a instituição também disponibilizou espaço físico para incubar esta jovem empresa.

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