A taxa de ocupação global média/quarto em janeiro foi apenas de 22,4%, o pior registo dos últimos 17 anos, 7,6% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado, anunciou a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
Estes números respeitam apenas aos estabelecimentos em funcionamento, não sendo consideradas as descidas resultantes dos estabelecimentos que encerraram este ano mas que estiveram em funcionamento no período homólogo do ano anterior.
Os dados da AHETA indicam que a maior quebra se deu entre os turistas nacionais (-41%), logo seguidos dos britânicos (-13%).
O mercado holandês foi, em sentido contrário, o que registou a subida mais importante (+44%), significativa em termos de percentagem mas não em termos absolutos.
Por zonas geográficas, Portimão/Praia da Rocha, com uma queda de 46% na taxa de ocupação hoteleira, e Faro/Olhão (-26%) foram as que sofreram as maiores descidas.
Também houve zonas do Algarve que subiram em relação ao mesmo mês do ano passado, mas em números bem mais modestos que os das quedas.
Assim, as subidas registadas ocorreram em Lagos/Sagres (+9,7%), Vilamoura/Quarteira/Quinta do Lago (+3,5%), e Tavira (+2,9%). Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma descida de 6,2%.
A zona de Monte Gordo/VRSA registou a taxa de ocupação mais elevada (54,1%), como já é hábito, enquanto Lagos/Sagres registou a mais baixa, com 15,2%.
Por categorias, as maiores descidas registaram-se nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4* (‑25%) e nos de Hotéis e Aparthotéis de 2* (-16,3%). Os Hotéis e Aparthotéis de 4* foram os únicos a apresentar uma subida nas ocupações (+1,7%).
Os aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4* foram também os que apresentaram a ocupação mais baixa (13,0%).
Os hotéis e aparthotéis de 3* tiveram as ocupações mais elevadas (28,7%).
Todas estas descidas tiveram, como seria de esperar, reflexos no volume de negócios total, que apresentou uma descida de 10,5% em termos homólogos.