A segunda fase de um projeto de recolha seletiva de biorresíduos arrancou em São Brás de Alportel a 5 de Junho, data simbólica que assinala o Dia Mundial do Ambiente, anunciou a Câmara Municipal deste concelho algarvio.
A Santa Casa da Misericórdia foi uma das primeiras instituições a aderir a esta iniciativa, tendo recebido quatro contentores destinados à recolha seletiva destes resíduos, «que podem, a partir de agora, chegar ao destino certo para a sua valorização», salientou a autarquia.
A entrega, feita pela equipa do Departamento de Ambiente da Câmara Municipal, contou com a presença da vice-presidente Marlene Guerreiro, do provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, Júlio Pereira, e da diretora técnica da instituição, Célia Ramos.
Marlene Guerreiro destacou a adesão da Misericórdia ao projeto de recolha seletiva de biorresíduos como um contributo relevante para a adoção de práticas mais sustentáveis.
«Com gestos simples, conseguimos dar passos importantes rumo a um futuro mais sustentável. É com alegria que vemos a Santa Casa a aderir a este projeto, exemplo claro de como as instituições podem ser agentes de mudança, promovendo hábitos responsáveis no seu dia a dia. É este tipo de compromisso que nos ajuda a construir uma comunidade mais consciente e preparada para os desafios do futuro», afirmou Marlene Guerreiro.
Júlio Pereira destacou, por sua vez, a relevância social e pedagógica do projeto: «A preocupação com a sustentabilidade já faz parte do trabalho que desenvolvemos. Para além dos evidentes benefícios ambientais, esta iniciativa tem também um forte impacto pedagógico. Cabe-nos a responsabilidade de transmitir aos mais jovens o valor da preservação do ambiente, contribuindo para formar cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro».
Esta ação integra o “Projeto Recolha Seletiva de Biorresiduos São Brás de Alportel” desenvolvido pelo município com o apoio do Fundo Ambiental, programa RecolhaBio, cujo objetivo é promover uma gestão mais sustentável dos resíduos urbanos, ao mesmo tempo que sensibiliza e envolve a comunidade.
Esta iniciativa está na segunda fase, tendo a primeira incidido na recolha de biorresíduos não alimentares, nomeadamente resíduos verdes provenientes de jardins e espaços públicos, através da aquisição de uma viatura elétrica que contribui para a redução da pegada carbónica do serviço municipal de higiene urbana.

A segunda fase, atualmente em curso, prevê a instalação de contentores para a recolha seletiva de biorresíduos alimentares, estrategicamente distribuídos pelos estabelecimentos de restauração e principais produtores do concelho.
No total, serão atribuídos 59 contentores, com capacidades de 800, 240 e 120 litros, adequando-se às necessidades específicas de cada local.
Numa fase seguinte, a iniciativa será progressivamente alargada a todos os residentes da zona urbana, com a instalação de contentores com controlo de acesso.
Já nas zonas rurais, continuará a decorrer o projeto de compostagem doméstica, onde é oferecido um kit de compostagem a todos os interessados.
Estas ações são acompanhadas por ações de sensibilização que visam a promoção de práticas mais sustentáveis no quotidiano, incentivar comportamentos ambientalmente responsáveis e contribuir para a valorização dos resíduos orgânicos.
Os biorresíduos, compostos por resíduos biodegradáveis, como restos de comida e resíduos de jardins, podem ser transformados em adubo natural ou biogás, contribuindo assim para a redução das emissões de gases com efeito de estufa e para a produção de energia renovável.
Este projeto pretende evitar que os resíduos orgânicos vão parar a aterro, garantindo a sua valorização.
