Logo à chegada, foi um dos mais aplaudidos: António Ramalho Eanes, Presidente da República de 1976 a 1986, marcou presença nas comemorações do 10 de Junho, em Lagos, de onde saiu condecorado com o mais alto grau da Ordem Militar de Avis.
Após os discursos oficiais de Marcelo Rebelo de Sousa e Lídia Jorge (presidente da comissão organizadora das comemorações do 10 de Junho), o atual Presidente da República condecorou um dos seus antecessores, com o grande-colar da Ordem Militar de Avis.
No final, num momento de emoção mútua, trocaram um abraço.
De resto, Marcelo Rebelo de Sousa fez referência a Ramalho Eanes no seu discurso, dizendo que esta condecoração mostra a «gratidão» a alguém que, «nos mais de 90 anos da sua vida», foi «combatente em África, capitão de Abril, protagonista de Novembro, chefe militar até ao comando supremo e primeiro Presidente da República Portuguesa eleito livremente pelo povo português».
O Presidente da República defendeu, aliás, que Eanes «merece como ninguém o primeiro grande-colar da Ordem Militar da Avis, nunca atribuído».
Segundo o portal das ordens honoríficas, «a Ordem Militar de Avis destina-se a premiar altos serviços militares, sendo exclusivamente reservada a oficiais das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana, bem como a unidades, órgãos, estabelecimentos e corpos militares».
O outro antigo Presidente da República ainda vivo – o algarvio Aníbal Cavaco Silva (2006-2016) – não marcou presença nas comemorações em Lagos. Quer Mário Soares (1986-1996), quer Jorge Sampaio (1996-2006) já morreram.
Foto: Pedro Lemos | Sul Informação
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