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A Piscicultura do Vale da Lama, em Lagos, iniciou um projeto de aquacultura sustentável em modelo IMTA (Integrated Multitrofic Aquaculture), com produção de peixe apoiada por algas e pepinos-do-mar para reduzir resíduos no ambiente, orçado em 1,48 milhões de euros.

A empresa, que opera sob a marca comercial Pescalgarve, acaba de lançar o projeto “Aquadiversify”, que prevê a integração multitrófica para valorizar a produção de aquacultura, de forma inovadora no país.

«A produção de proteína de peixe é reconhecida como uma das mais nobres na dieta humana, mas enfrenta o desafio de conciliar crescimento económico com responsabilidade ambiental», refere a empresa, em comunicado.

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Com esse propósito, nasceu este projeto de diversificação e produção sustentável em aquacultura multitrófica integrada, liderado pela Piscicultura do Vale da Lama (Pescalgarve), em consórcio com a Associação Oceano Verde – Laboratório Colaborativo para o Desenvolvimento de Tecnologias e Produtos Verdes do Oceano (GreenColab), o Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR) e o MARE-Politécnico de Leiria (MARE-PL), cujo kick-off ocorreu no passado dia 16 de Maio, com a presença de todos os parceiros. 

A aquacultura multitrófica é o cultivo simultâneo de espécies de níveis alimentares diferentes (por exemplo, peixes, algas e invertebrados filtradores) no mesmo sistema, onde os resíduos de uns servem de alimento ou nutriente para os outros, fechando o ciclo e tornando a produção mais sustentável.

O projeto estabelecerá, «pela primeira vez em Portugal», um sistema de três níveis tróficos dentro do mesmo tanque de produção — douradas e robalos no topo, macroalgas na coluna de água e pepinos-do-mar no fundo.

Ao incorporar macroalgas na alimentação dos peixes, a implementação do sistema integrado permitirá «aumentar naturalmente a pigmentação e a qualidade nutricional da dourada e do robalo», enquanto as algas removem azoto e fósforo da água e sequestram dióxido de carbono.

As algas poderão, por sua vez, ser valorizadas em mercados de alimentação, cosmética ou biofertilizantes.

No sedimento, os pepinos-do-mar biorremediam o substrato e transformam matéria orgânica em areia limpa.

«Esta integração reduz drasticamente a pegada ambiental da piscicultura e diminui custos operacionais», frisa a Pescalgarve.

Além de otimizar produtos existentes, a iniciativa visa reproduzir em esteiro os pepinos-do-mar, «uma espécie invertebrada de alto valor económico e em declínio selvagem, garantindo uma oferta sustentável e preservação dos stocks naturais».

Outra frente de investigação centra-se no microbioma como um mecanismo «para reforçar a sobrevivência de juvenis e acelerar o crescimento das macroalgas», elevando ainda mais a eficiência do sistema a implementar.

O projeto, orçamentado em 1,488 milhões de euros e com duração de 36 meses, é cofinanciado pelo Programa Inovação e Transição Digital – COMPETE 2030, pelos programas regionais Centro 2030 e Algarve 2030, e pela União Europeia.

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