Junho marca o encerramento da 1ª temporada do ano de 2025 da programação do Cineteatro Louletano, que arranca já hoje, domingo, dia 1, com um espetáculo de Ana Lua Caiano.
A jovem intérprete portuguesa, que combina de forma magistral a música tradicional com a música eletrónica, já foi considerada artista revelação com os seus primeiros dois EP.
Caiano tem corrido o mundo em digressão com o álbum de estreia “Vou ficar neste quadrado”, que já lhe valeu vários prémios; entre eles, o de Melhor Canção nos Globos de Ouro de 2024, com o tema “Deixem O Morto Morrer”.
Em 2025, Ana Lua Caiano ganhou também o Prémio da Crítica 2024, no Festival Play, Prémios da Música Portuguesa. O concerto é às 17h00 deste primeiro domingo do mês.
No dia 6, há teatro para escolas e para famílias, com duas sessões, às 10h30 (escolas) e 19h00 (público em geral). A peça chama-se “A Revolta dos Sapatos” e é promovida pela Associação Figo Lampo.
«Uma estória sobre sapatos que é afinal uma estória de vida», com o apoio da Bolsa de Apoio ao Teatro de Loulé.
Nos dias 7 e 8 de Junho, está de regresso a Festa do Cinema Italiano, com dois filmes (um no sábado, um no domingo) e um jantar com gastronomia italiana (no sábado). É no Auditório do Solar da Música Nova, numa coprodução com a Associação Il Sorpasso.
E no dia seguinte, a 9 de Junho, arranca a primeira de quatro sessões de “O Amante”, na Cerca do Convento do Espírito Santo. A peça, levada à cena pela Mákina de Cena, é inspirada na obra homónima de Harold Pinter que explora a intimidade de um casal, em que tudo é questionável e a humanidade surge da mentira e do erotismo.
A peça, uma coprodução entre a Mákina de Cena, Cineteatro Louletano e Teatro do Eléctrico, tem lugar entre os dias 9 e 12, às 21h00, e é apoiada pela Bolsa de Apoio ao Teatro.
No dia 13, também às 21h00, há música clássica, com a Orquestra do Algarve. “Canções Heroicas”, uma encomenda do Cineteatro Louletano, tem a direção do maestro titular Pablo Urbina e celebra a obra de Fernando Lopes-Graça. O concerto destaca-se pela profundidade histórica e artística, manifestando a atualidade e a relevância cultural e política das partituras criadas como forma de resistência durante o Estado Novo.
No dia seguinte, 14 de Junho, é a vez dos Blind Zero subirem ao palco do Cineteatro Louletano. No sábado, às 21h00, esta banda icónica da música rock portuguesa já com 31 anos de carreira traz a Loulé o álbum “Courage and Doom”. Neste concerto, haverá tempo para escutar ainda alguns clássicos intemporais como “Recognize”, “Slow time love” e “Shine on”, entre outros.
No dia 15, domingo, às 17h00, há oportunidade para ver e ouvir alguns dos maiores talentos locais da música clássica, provenientes do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. É a 5.ª edição do “Concerto de Laureados” desta escola de música – o único conservatório de ensino público de música a sul do país.
No dia 20 de Junho, há teatro, uma coprodução que é também uma estreia, do Projecto Casa. “Se não for tu”, de Era Rolim, é às 21h00”. É uma obra coreocinematográfica que transita entre o teatro e o cinema. A trama acompanha Sueli, uma mulher marcada pela perda trágica dos pais num acidente de viação. Sueli torna-se obsessiva, tentando saber o que aconteceu nos 30 segundos que antecederam o desastre, mergulhando em universos surreais em busca de respostas.
O Projecto Casa é uma iniciativa conjunta do Cineteatro Louletano, O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) que apoia jovens criadores na área das Artes Performativas.
E a fechar o mês, há música com o ciclo “Ilustres Desconhecidos”. Desta vez, o nome escolhido é Susie Filipe. Ainda que não seja totalmente desconhecida do público (é atriz e tem colaborado em várias peças teatrais e musicais, entre elas “Soundcheck” que já veio ao Cineteatro Louletano com o Teatro da Didascália), Susie – que é baterista, mas também toca guitarra e piano – encontra-se agora a cimentar uma carreira a solo como multi-instrumentista.
“Em Tempo Real”, no dia 21 de junho às 21h00, no Cineteatro, é um espetáculo em que tudo acontece como o nome indica: música, poesia e teatro.