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Só cinco concelhos do Algarve têm Praias ZERO Poluição

Aljezur, Faro, Olhão, Tavira e Vila do Bispo são os cinco concelhos algarvios que têm Praias ZERO Poluição, anunciou hoje a Associação ZERO.

Em todo o país, a associação ambientalista identificou 81 Praias ZERO Poluição, mais 22 do que no ano passado.

Odeceixe-Mar, Vale dos Homens e Vale Figueiras, no concelho de Aljezur, Barreta, Culatra-Mar e Ilha do Farol-Mar, no concelho de Faro, Armona-Ria e Fuseta-Mar, no concelho de Olhão, Barril, Ilha de Tavira-Mar e Terra Estreita, no concelho de Tavira, e ainda Furnas, Ingrina e Zavial, no concelho de Vila do Bispo, são as praias algarvia sem poluição (ver lista completa abaixo).

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A ZERO considera que «este objetivo é verdadeiramente aquilo que à escala europeia se deseja no quadro do Pacto Ecológico Europeu, em particular no âmbito do Plano de Ação para a Poluição Zero».

Uma Praia ZERO Poluição é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares.

Em 2025, as Praias ZERO Poluição representam 12 por cento do total das 673 águas balneares existentes, um aumento de três por cento, mais 22 praias em relação às 59 classificadas no ano passado.

Todas as praias classificadas no ano passado como Praias ZERO Poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água “excelente”.

Porém, na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas Praias ZERO Poluição.

A ZERO considera que um aspeto relevante é haver duas praias interiores com aquela classificação: Alqueidão e Montes, ambas no concelho de Tomar e na Albufeira de Castelo do Bode.

Olhão, bem como outro onze municípios (Angra do Heroísmo, Grândola, Ílhavo, Lajes das Flores, Lourinhã, Peniche, Santa Cruz (na Madeira), Santiago do Cacém, Sines, Tomar e Torres Vedras), passaram este ano a fazer parte dos concelhos com pelo menos uma Praia ZERO Poluição.

Em sentido contrário, os concelhos de Leiria, Machico, Pombal e Santa Cruz das Flores deixaram de estar representados.

Em termos de balanço, saíram da lista do ano passado 19 praias e entraram 41 novas.

Esta análise da Associação ZERO teve em conta os parâmetros da legislação em vigor.

Os concelhos com maior número de Praias ZERO Poluição são Torres Vedras com 11 praias, Grândola com 7 praias, seguidos de Alcobaça com quatro.

Há 81 praias ZERO no total do país em 39 concelhos, 55 praias ZERO no Continente em 23 concelhos, 20 praias nos Açores em doze concelhos e 6 praias na Madeira em quatro concelhos.

A ZERO salienta que «é extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica».

À exceção de duas praias “interiores”, todas as restantes praias são “costeiras”. «Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas», acrescenta a associação ambinetalista.

Sul Informação

O que é uma praia ZERO poluição?

A partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente, a Associação ZERO identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares (2022, 2023 e 2024), não só tiveram sempre classificação “Excelente”, como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais).

 Isto é, em todas as análises efetuadas não houve sequer a deteção de qualquer unidade formadora de colónias.

Consideram-se três anos por corresponder ao período mínimo habitualmente requerido pela Diretiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidade das águas balneares, para se proceder à classificação da qualidade da zona balnear.

ZERO deixa alertas de época balnear

A ZERO tem vindo a apelar à Agência Portuguesa do Ambiente para melhorar a informação especializada e ao público sobre a natureza de desaconselhamento e interdição de praias.

Neste sentido, a ZERO selecionou alguns aspetos que considera cruciais neste início de época balnear em muitas praias:

  • Por razões ambientais e de segurança, só devem ser frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde se conhece a qualidade da água e onde haja vigilância;
  • Não devem ser deixados quaisquer resíduos na praia e, sempre que possível, devemos encaminhá-los através da recolha seletiva;
  • Deve-se preservar a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares, evitando o pisoteio de dunas e outras áreas sensíveis.
Sul Informação
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