383 980. Este é o número que eleitores inscritos no círculo de Faro e que são chamados a votar este domingo, 18 de Maio, em mais umas Eleições Legislativas. Entre muitas incógnitas, uma coisa é certa: dos 230 deputados na Assembleia da República, nove serão eleitos pelo Algarve.
Foi há pouco mais de um ano que se realizaram as últimas Legislativas: esse ato eleitoral, de 18 de Março, trouxe, então, uma autêntica novidade.
Desde 1975, data das primeiras eleições em democracia (para a Constituinte, na altura), que só dois partidos tinham vencido no Algarve: ora o PS, ora o PSD (coligado ou não com outros partidos). Foi assim nos anos de Cavaco Silva, de Mário Soares, de Passos Coelho, de António Costa…
No ano passado, o paradigma mudou: o Chega foi a força política mais votada, no Algarve, batendo os históricos PS e PSD. O partido de André Ventura, que teve (e tem) o líder parlamentar Pedro Pinto como cabeça de lista pelo Algarve, recolheu 27,19% dos votos, contra os 25,45% do PS e 22,39% da Aliança Democrática.
Os nove deputados ficaram divididos de forma equitativa: três para o Chega (Pedro Pinto, João Graça e Sandra Ribeiro), três para o PS (Jamila Madeira, Luís Graça e Jorge Botelho) e três para a AD (Miguel Pinto Luz, Cristóvão Norte e Ofélia Ramos).
Este ano, as sondagens, a nível nacional, parecem apontar para que este cenário se possa repetir.
No total, são 15 forças políticas que concorrem pelo Algarve: sete deles repetem os mesmos cabeças de lista.
Trata-se de Catarina Marques (CDU), Fábio Fatal (Ergue-te), Rui Curado (RIR), Pedro Pinto (Chega), José Gusmão (Bloco de Esquerda), Jamila Madeira (PS) e Saúl Rosa (PAN). Todos encabeçaram as candidaturas nas Legislativas de 2024, que acabaram com a vitória da AD.
E, mesmo na ordem dos candidatos, não há grandes novidades nestes casos. No PS, os três primeiros nomes – que deverão ser eleitos – não mudaram (Jamila Madeira, Jorge Botelho e Luís Graça) e, no Chega, também não.
A Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega e um dos braços direitos de André Ventura, juntam-se João Graça (deputado e líder da distrital) e Sandra Ribeiro, também deputada.
No caso da CDU, os dois primeiros nomes também estão intactos (Catarina Marques e Mário Cunha), enquanto no Bloco de Esquerda há uma troca no segundo lugar: sai Maria Guadalupe Simões e entra Sandra Moutinho.
Quanto à Aliança Democrática, inovou e tem uma nova cabeça de lista. Depois de Miguel Pinto Luz, Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia (e colega de executivo de Pinto Luz), encabeça a candidatura que junta PSD e CDS no Algarve.
O segundo lugar volta a ser ocupado por Cristóvão Norte, deputado e líder do PSD/Algarve, mas, no terceiro, há uma novidade, com a jovem Bárbara do Amaral Correia, tal como o Sul Informação já noticiou.
As restantes forças políticas que trocam de cabeças de lista são: ADN (João Carlos Simplício), Livre (Carla Sofia do Carmo), Iniciativa Liberal (Daniel Viegas), Nova Direita (Carlos Natal), Juntos pelo Povo (Manuel Merceano) e Volt Portugal (Bruno Santos).
A grande novidade é mesmo o PPM, que vai concorrer sozinho, na sequência do fim da Aliança Democrática (AD).
O partido, fundado por Gonçalo Ribeiro Telles, tem como cabeça de lista uma mulher algarvia: Joana Rego, de Olhão.
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