«Para nós foi uma vitória, mas todo o panorama nacional tira esse sentimento». Foi assim que Rodrigo Teixeira, do Livre Algarve, reagiu aos resultados das Eleições Legislativas de ontem, nas quais este partido de esquerda atingiu um «5º lugar histórico», a nível nacional e regional.
«Foi um resultado muito bom para o Livre, mas o resultado geral tem de levar a uma reflexão de todos os partidos», disse ao Sul Informação o número dois da lista pelo Algarve, esta segunda-feira, 19 de Maio.
«O Livre mostrou ter propostas para o Algarve e acho que foi isso que nos fez subir. Alertámos para a ineficácia das governações do PS e PSD e para a falta de medidas e promessas que não foram cumpridas, nomeadamente ao nível da saúde, com o Hospital Central, mas também para a grande desigualdade económica e estrutural que há na região», frisou ainda.
Na região, o Livre conseguiu arrecadar 7735 votos, mais 1234 do que nas Legislativas de 2024. Com estes resultados, tornou-se, a nível regional, mas também nacional, o único partido a subir à esquerda.
Apesar de ainda não conseguir eleger nenhum deputado pelo Algarve, o Livre tem agora seis deputados com assento parlamentar, mais dois do que no ano passado.
Em relação ao resultado do Chega no Algarve, Rodrigo Teixeira considera que é fruto de um «ato de protesto» e que cabe aos outros partidos «apresentar mais e melhores propostas para o Algarve e para os algarvios».
«O Livre está na linha da frente para a construção de diálogo e pontes com os outros partidos», rematou.
No Parlamento, o Algarve contará com quatro deputados do Chega (Pedro Pinto, João Graça, Sandra Ribeiro e Ricardo Moreira), três da AD (Maria da Graça Carvalho, Cristóvão Norte e Bárbara Amaral Correia) e dois do PS (Jamila Madeira e Jorge Botelho), menos um do que nas eleições anteriores.
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