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O “Entre Mares”, Festival Literário Internacional de Portimão, vai juntar 28 autores de 14 nacionalidades, entre os dias 11 e 14 de Junho, e promover o debate a partir da literatura.

A decorrer em diferentes espaços da cidade de Portimão, o evento pretende «ser um ponto de encontro» para o debate de importantes questões focadas no mundo atual a partir da literatura e, em simultâneo, afirma-se como uma festa polifónica da poesia.

Com curadoria de João Ventura e de Luís Filipe Sarmento, o “Entre Mares” realiza-se porque os autores se sentem «inquietos num tempo disruptivo em que mundo parece andar à deriva, empurrado pelos ventos da guerra e da fome, da ignomínia e das alterações climáticas, e conscientes dos riscos, mas também das oportunidades do novo paradigma tecnológico», lê-se na nota da autarquia de Portimão.

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O Festival irá ainda homenagear, a título póstumo, Nuno Júdice, poeta natural da freguesia da Mexilhoeira Grande, cujos títulos dos seus livros inspiram o evento.

Com um vasto programa nesta primeira edição, a caminhada literária na Ponta de João de Arens, narrada por Carlos Alberto Osório, que transporta os participantes para o universo de Manuel Teixeira Gomes, patrono desta cidade centenária, marca o ponto de partida deste Festival Internacional, no dia 11 de Junho, às 10h30.

No mesmo dia, às 15h00, a Antiga Lota da cidade recebe a sessão de abertura, com as presenças de Álvaro Bila, presidente da Câmara de Portimão, Maria da Graça Ventura, presidente do ICIA, João Ventura e de Luís Filipe Sarmento, curadores deste evento.

Oito mesas temáticas compõem um ciclo de debates que se concentram na atualidade.

“O Movimento do Mundo”, com a ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados que está a desmoronar-se será o primeiro tema abordado, na Antiga Lota, às 15h30.

Já a guerra e a destruição dos valores associados à dignidade da paz dão mote à segunda mesa, intitulada “Meditação sobre Ruínas”, às 17h30.

O mesmo local acolhe, no dia seguinte, a “Geografia do Caos”, onde estará em foco a inteligência artificial e as perguntas que despontam da nova cartografia, e o “Coro da Desordem”, para centrar as atenções nas noções de verdade, identidade e realidade que entraram em crise no último meio século.

A Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes é o local escolhido para as iniciativas do dia 13 de Junho, que, a partir das 15h00, destacam os caminhos plurais da literatura e da vida portuguesa, nos 50 anos de democracia, uma conversa com João de Melo e Luís Filipe Sarmento nos 50 anos da sua vida literária, a homenagem a Nuno Júdice e ao seu legado, e ainda a apresentação do quarto número da “Meridional”, a Revista de Estudos do Mediterrâneo.

«Esta publicação do ICIA reflete a pluralidade cultural do Mediterrâneo, reafirmando o seu género enquanto revista híbrida de poesia, conto, crónicas, ensaios historiográficos e recensões», realça o Município em Portimão.

Por seu lado, «Caminhos Cruzados» é o mote para a conversa com João de Melo e Luís Filipe Sarmento, moderada por Elisa Costa Pinto.

Trata-se de «dois autores cuja estreia, em plena euforia revolucionária, viria a consolidar-se para além do entusiasmo juvenil».

«Em caminhos cruzados ou paralelos que se bifurcam, edificaram obras consistentes que continuam a agitar a literatura portuguesa com as suas vozes inconfundíveis. João de Melo, sobretudo na ficção narrativa, Luís Filipe Sarmento, na poesia e, nos últimos anos, também na ficção, são escritores marcantes, não apenas pelo vigor literário, mas também pela forma como cada um se faz espelho dos caminhos plurais da literatura e da vida portuguesa, nos 50 anos de democracia».

Segundo o Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, «a literatura e a história desempenham um papel fundamental na promoção da compreensão e respeito entre diferentes culturas, atuando como uma poderosa ferramenta de diálogo intercultural, ao possibilitar aos leitores perspetivas diversificadas que enriquecem o seu entendimento do mundo» promovendo a empatia, o combate a estereótipos e preconceitos, desafiando a questionar convicções.

Um passeio cultural a Monchique, uma visita ao Museu de Portimão e o lançamento de uma antologia de poesia dos autores participantes no Festival Literário são outros dos destaques da programação que se estende pelos quatro dias.

Sul Informação

Ainda no âmbito deste Festival, as noites, sempre a partir das 22h00, no Clube União Portimonense, serão dedicadas à iniciativa “Poetas pelo Planeta”, com momentos ligados à leitura de poesia pelos autores convidados. As atividades contam também com a participação dos alunos do curso de teatro da Escola da Bemposta e ganha lugar de destaque a música, com a atuação de João Nobre (11 de Junho), Makely Ka, do Brasil, (12 de Junho), e Renato Reis (13 de Junho).

O último dia contempla uma visita ao Espaço Multiusos do Mercado Municipal de Portimão, às 10h00, e a oitava mesa-redonda alusiva a “O Mito da Europa”, na Antiga Lota, às 15h30.

O “Entre Mares” encerra, no dia 14 de Junho, às 19h00, no Teatro Municipal de Portimão, com o concerto de Pedro Joia (guitarra) e Pedro Lamares, que recitará poesias de Nuno Júdice.

Nesta edição de estreia, o ICIA afirma ter a visão de que é possível «partilhar a palavra poética para inspirar mudanças, construir pontes entre povos e espalhar uma mensagem de paz, esperança e fraternidade», e que não haverá melhor ponto de encontro para «expressar convicções, partilhar ideias, buscar respostas para os problemas do mundo que Portimão, cidade entre dois mares, lugar de partidas e chegadas, cosmopolita e de abertura a todos os mundos».

Estão confirmadas as presenças de poetas, ficcionistas e ensaístas de várias nacionalidades.

É o caso dos portugueses Alberto Pereira, António Cabrita, Carlos Granja, D. H. Machado, Dora Gago, Elisa Costa Pinto, João de Melo, João B. Ventura, Luís Filipe Sarmento, Manuel Frias Martins, Manuel de Queiroz, Maria da Graça Mateus Ventura, Maria João Cantinho, Paula Mendes Coelho, Pedro Teixeira Neves e Rita Tormenta.

A nível internacional, o Festival contará com Agneta Falk (Suécia-EUA), Anna Lombardo (Itália), Barbara Pogacnik (Eslovénia), Bent Berg (Suécia), Claus Ankersen (Dinamarca), Francis Combes (França), Laureen Mendinueta (Colômbia), Moëz Majed (Tunísia), Nese Yashin (Chipre), Nimrod Bena (Chade), Pedro Enríquez (Espanha) e Sándor Halmosi (Hungria).

A participação nas diferentes iniciativas que integram o programa é aberta ao público em geral, mas sujeita à lotação dos equipamentos culturais.

O Festival é organizado pelo Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, com o apoio do Município de Portimão e o patrocínio literário da rede “Poets of the Planet” (POP).

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