Foi ainda «profundamente abalado» que Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, reagiu ao Sul Informação à morte de Nuno Guerreiro, esta quinta-feira, 17 de Abril, lembrando-o como «um dos grandes da cultura portuguesa».
Vocalista da Ala dos Namorados, o cantor morreu, de forma inesperada, na tarde de hoje, aos 52 anos, no Hospital São Francisco Xavier, onde tinha sido internado ontem com uma infecção.
A notícia apanhou o autarca Vítor Aleixo «totalmente desarmado». Sem esconder a tristeza, o presidente da Câmara de Loulé disse, ao Sul Informação, que, acima de tudo, «se perdeu um grande português».
«Eu admirava e adorava o Nuno como tantos outros milhares de portugueses. A morte dele… é um sentimento de algo que aconteceu, de repente, sem aviso, e nos deixou completamente paralisados», confessou.
Vincando a «voz única» e as músicas «belíssimas com que nos brindou», o autarca também recordou a relação pessoal que tinha com Nuno Guerreiro.
«Quando penso no Nuno, penso numa pessoa simpática, sempre afável, sorridente. Tínhamos uma relação de anos, pautada por essa amizade mútua e, mesmo politicamente, estivemos sempre próximos – ele fez parte de todas as minhas Comissões de Honra», disse.
Apesar de ter tido dimensão nacional «e internacional», nunca Nuno Guerreiro se desligou de Loulé, onde ainda passava grandes temporadas, continuando a participar ativamente na vida da cidade – e do concelho.
Prova disso é que, ainda recentemente, o cantor tinha dado um concerto no Cineteatro Louletano, onde interpretou, por exemplo, o Hino da Mãe Soberana, acompanhado pela Banda Filarmónica Artistas de Minerva.
Para a história, ficam também músicas como “Loucos de Lisboa”, “Solta-se o Beijo” e “Caçador de Sóis”.
Todas interpretadas por Nuno Guerreiro, um notável algarvio que, de forma inesperada, nos deixou hoje.
Foto: Aurélio Vasques
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