Os quatro presumíveis assaltantes detidos ontem em Lagos são todos de nacionalidade espanhola e eram procurados pelas autoridades de Espanha, pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, contrabando, posse de armas e outros.
O Comando Distrital de Faro da PSP informou hoje que «deu cumprimento, nesta data, a Mandados de Detenção Europeus», que pendiam sobre os quatro suspeitos.
Por terem nacionalidade espanhola, «desde a sua detenção foram mantidos intensos contactos com as autoridades espanholas através do Centro de Cooperação Policial e Aduaneira, apurando-se que eram procurados pela justiça daquele país», acrescenta o Comando Distrital da PSP.
Além disso, «antecipando-se que os crimes de que eram suspeitos em Portugal, com elevado grau de probabilidade, não permitiriam, à luz da legislação portuguesa, que lhes fossem aplicadas medidas restritivas da sua liberdade, as autoridades espanholas promoveram a emissão urgente de Mandados de Detenção Europeus, visando os quatro suspeitos, que foram posteriormente comunicados pelos canais formais estabelecidos».
Assim, após a sua apresentação em Tribunal, foi dado cumprimento aos Mandados de Detenção, tendo os quatro homens sido «novamente conduzidos às instalações policiais, onde aguardarão a sua apresentação no Tribunal da Relação, para decisão relativamente à sua entrega às autoridades espanholas, o que se prevê que possa acontecer na próxima segunda-feira».
O Comando Distrital da PSP sublinha ainda que «os suspeitos devem ser considerados perigosos», segundo o que resultou da troca de informação entre as polícias de Portugal e Espanha.
Este grupo de quatro assaltantes que estava a ser perseguido pela PSP invadiu, ontem, sexta-feira, a Escola Básica do 1º ciclo nº1 de Lagos, conhecida como Escola do Bairro Operário, já depois da polícia ter disparado tiros de aviso para o ar, ainda fora do estabelecimento de ensino.
Os quatro detidos, um dos quais ficou ferido num pé, «são suspeitos da prática de furtos em interior de residências, facto que motivou a tentativa de abordagem por parte da PSP».