Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
banner de topo alcoutim

O mundo continua a assistir a um declínio dos níveis de liberdades fundamentais e um reforço de regimes autoritários, pelo 19º ano consecutivo, de acordo com um relatório hoje divulgado.

O relatório Freedom in the World 2025, da organização não governamental Freedom House, indica que desde 2006, os níveis globais de liberdade registaram um declínio, à medida que o autoritarismo se intensificou em várias partes do globo.

O relatório de 2025 destaca que, apenas no último ano, 60 países sofreram retrocessos significativos nos seus direitos políticos e liberdades civis, enquanto apenas 34 registaram avanços positivos.

Banner lateral albufeira

Este padrão consistente de declínio sugere uma crescente ameaça aos princípios democráticos em várias regiões do globo.

O relatório deste ano sublinha que os regimes autoritários têm intensificado os seus esforços para suprimir dissidências e de limitar a participação cívica.

Em países como a Bielorrússia e Myanmar, os regimes recorreram a medidas repressivas para silenciar opositores, resultando em graves violações dos direitos humanos, ao mesmo tempo que conflitos armados em nações como a Etiópia e o Iémen contribuíram para o agravamento das crises humanitárias e para a deterioração das liberdades civis.

Apesar da deterioração do cenário global, o relatório desta ONG com sede em Washington identifica focos de resistência e progresso democrático.

Em algumas nações, movimentos pró-democracia têm emergido com vigor, desafiando regimes opressivos e exigindo reformas, como acontece no Bangladesh, Síria – por efeito da deposição do regime de Bashar Al-Assad – e no Sri Lanka, onde o novo regime foi eleito por uma plataforma anticorrupção.

A melhoria mais notável do índice – que inclui territórios, para além de países – registou-se na Caxemira – região administrada pela Índia, onde se realizaram eleições pela primeira vez desde que o governo nacionalista hindu de Nova Deli revogou o estatuto especial da região de maioria muçulmana em 2019.

A Freedom House destaca que, embora enfrentem desafios consideráveis, estes movimentos demonstram a resiliência e a determinação dos cidadãos em lutar pelos seus direitos.

Segundo o relatório, a pandemia de covid-19 continuou a influenciar o panorama das liberdades globais em 2024, com alguns governos a manterem restrições que, inicialmente justificadas como medidas de saúde pública, foram prolongadas indevidamente, limitando a liberdade de expressão, reunião e movimento.

No contexto europeu, Portugal mantém-se como um exemplo de estabilidade democrática e respeito pelas liberdades civis. Com uma pontuação de 96 em 100, o país é classificado como “livre”, refletindo um sistema político multipartidário robusto e a proteção consistente dos direitos dos cidadãos, apesar de serem relevadas debilidades em questões relacionadas com a corrupção e condições no sistema prisional.

Na mais populosa democracia global, a da Índia, a Freedom House refere a tendência de deterioração significativa, depois de já em 2021 ter degradado a sua classificação de “livre” para “parcialmente livre”.

Sobre os Estados Unidos, e por as eleições presidenciais de 2024 terem sido consideradas livres, justas e credíveis, a Freedom House melhorou a pontuação deste país, embora realçando que a vitória do republicano Donald Trump possa vir a ter um impacto sobre as liberdades civis e sobre a política externa.

O único país que obtém uma pontuação perfeita de 100/100 é a Finlândia, seguida de perto pela Nova Zelândia, Noruega e Suécia.

Na lista de países com piores pontuações agregadas encontram-se o Afeganistão, a Bielorrússia e o Azerbeijão.

Banner lateral albufeira
zoomarine

Também poderá gostar

Castro Verde

Castro Verde avança com obras no Centro de Saúde e Serviço de Urgência Básica

medicina saude paciente medico

Alentejo 2030 com 4,6 milhões para investir em equipamentos sociais e de saúde da região

covid_pandemia_virus_pessoas_mascaras_loule_fc-20

Organização Mundial de Saúde adota acordo internacional sobre pandemias