O ciclista italiano Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) venceu esta quarta-feira um surreal final de 1ª etapa da 51ª edição da Volta ao Algarve, em Lagos, e tornou-se o primeiro “camisola amarela” da prova, num primeiro dia em que Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé) terminou como líder da classificação da montanha.
Após um percurso de 190 quilómetros entre Portimão e Lagos, antes da reta da meta, situada na avenida dos Descobrimentos, a maioria dos corredores, enganados pela falta de sinalização, seguiu para uma zona de estacionamento e não para a zona de chegada.
Ganna foi o primeiro corredor a perceber o engano, virando para a zona correta, e acabou por pedalar facilmente para a vitória.
Depois, viram-se os outros ciclistas a pular baias e cercas para passar a meta, embora seja certo que terão o mesmo tempo do vencedor.
A tirada inaugural ficou marcada pela longa fuga de um grupo de oito corredores, iniciada logo ao segundo quilómetro, e que incluía Miguel Salgueiro e Francisco Campos, da AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense, Nicolás Tivani, da Aviludo-Louletano-Loulé, e o algarvio Noah Campos, que representa a GI Group Holding-Simoldes-UDO.
Na contagem de montanha de 3ª categoria, ao quilómetro 98, na Nave (Monchique), a única do dia, Nicolás Tivani foi 1º classificado, garantindo assim a camisola azul, seguido de Miguel Salgueiro e Noah Campos.
O grupo chegou a ter quase 4 minutos de vantagem sobre o pelotão, que acelerou na perseguição a partir da aproximação à costa vicentina.
Miguel Salgueiro ainda tentou seguir isolado na frente, até passou em 1º na meta volante de Vila do Bispo, mas acabou por ser apanhado a 23 quilómetros da meta.
Na quinta-feira, o pelotão vai encarar a já mítica chegada ao alto da Fóia, em Monchique, ao cabo de 177,6 quilómetros a pedalar, com início em Lagoa.
A parte final será especialmente dura, até porque, ao contrário do que acontecia em anos anteriores, a subida à Fóia faz-se pela vertente norte da serra, com zonas de inclinação menos constantes e alguns troços de maior dificuldade, com pendentes de 9 a 10 por cento.
NOTA: Já depois da publicação desta notícia, o Colégio de Comissários da Volta ao Algarve decidiu anular a primeira etapa devido a esta falha na chegada a Lagos.
