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Barrancos procura em Portugal e Espanha alternativas ao centro de saúde local

Com apenas um médico durante a semana e outro aos fins de semana, a população de Barrancos, distrito de Beja, tem de procurar alternativas quando não tem clínico e até recorre a Espanha, ali a dois passos.

Inaugurado há pouco mais de 10 anos no edifício de uma antiga escola primária, o Centro de Saúde de Barrancos funciona apenas durante os dias de semana, das 8h30 às 17h30, com o médico cubano Diosdado Matias a assegurar consultas abertas e por marcação.

Já aos fins de semana, devido à falta de médicos, o centro de saúde está fechado, mas um clínico espanhol, pago pela câmara municipal, presta serviço naquelas instalações em regime de consulta aberta.

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Residente em Barrancos, Andrés Rodriguez, confessa à agência Lusa que esta “realidade é muito perturbadora”, por haver períodos do dia em que não há médico disponível no centro de saúde e, mesmo quando há, ser difícil conseguir uma consulta de urgência.

O morador, que é barbeiro na vila alentejana e tem nacionalidade portuguesa e espanhola, conta que quem precisa de uma consulta aberta tem de ir cedo para a porta do centro de saúde “para apanhar vez” e conseguir uma das senhas.

“E, se as senhas disponíveis para o dia já estiverem esgotadas, a pessoa já não vai ser atendida”, relata à Lusa, em dois dedos de conversa na ‘sala de visitas’ de Barrancos, a Praça da Liberdade.

Também Paula Reganha, que regressa ao trabalho após o almoço, alega à Lusa que “não é fácil arranjar senha” para uma consulta aberta. Para si, a alternativa é o Centro de Saúde de Moura, a 50 quilómetros, ou o hospital de Beja, a 100.

“Vou mais a Portugal, mas tenho conhecimento que vão muitas pessoas a Espanha”, salienta, dando o exemplo do centro de saúde da povoação espanhola de Encinasola, na província de Huelva, que dista nove quilómetros e está aberto 24 horas por dia.

Paula diz que este centro de saúde em Espanha “foi muitas vezes a salvação de Barrancos”, no tempo em que o médico espanhol Modesto Hierro, que, entretanto, se reformou, dava consultas, mas “agora não é tão fácil”.

Atualmente, frisa, a população de Barrancos já não recorre tanto a este centro de saúde.

Andrés, por ter dupla nacionalidade, reconhece que utiliza os serviços dos dois países, mas considera que “vale mais a pena ir a um médico privado” do outro lado da fronteira.

E é o que alguns habitantes de Barrancos fazem, relata, referindo que costumam ir a uma clínica de saúde situada em Cortegana, também na Andaluzia, mas a cerca de 50 quilómetros da vila alentejana.

Os portugueses, alega Andrés Rodriguez, “vão lá, se for preciso, fazem ali um raio-X e pagam o que têm de pagar” e, assim, conseguem ter “uma resposta muito mais rápida do que em Portugal, mesmo no privado”.

“Para mim, isto aqui está pior que nos Estados Unidos. Qualquer pessoa que não tenha um seguro de saúde em Portugal está feita ao bife”, desabafa.

O Centro de Saúde de Barrancos também recebe, durante a semana, em dias e horários específicos, outros clínicos para consultas de psicologia, saúde materna e infantil ou planeamento familiar, entre outras.

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