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Mais de três quartos das empresas hortofrutícolas do Sudoeste Alentejano consideram os imigrantes fundamentais para o sucesso da sua atividade, no âmbito da qual «mais de metade» dos postos de trabalho são ocupados por estrangeiros.

Estas são algumas das principais conclusões da 2.ª edição do Barómetro da Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), que foi realizado junto de mais de 40 empresas suas associadas, entre 31 de Outubro e 27 de Novembro.

Em comunicado, a AHSA indicou que os dados revelam que «73% das empresas já têm mais de metade dos seus postos de trabalho preenchidos por imigrantes, que representam até mais de 75% dos trabalhadores em 45% delas».

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Segundo o estudo, «a maioria das empresas agrícolas do Sudoeste Alentejano (83%) considera os imigrantes fundamentais para o sucesso da atividade».

«A comunidade imigrante é valorizada por todas as empresas do barómetro» e a maioria destaca a «sua contribuição significativa para a sustentabilidade e crescimento do setor», disse a AHSA.

No que respeita aos principais países de origem dos trabalhadores imigrantes nas empresas agrícolas dos concelhos de Odemira e de Aljezur, a lista é encabeçada pelo Nepal (mencionado por 86% das empresas), seguindo-se a Índia (48%) e a Tailândia (41%).

De acordo com o barómetro, foi identificada ainda a presença de trabalhadores do Bangladesh (17%), Ucrânia (14%), Moldova e Paquistão (7%), assim como da Bulgária, Brasil, Vietname e Portugal (3%), num total de 11 nacionalidades.

No entender da AHSA, estes números refletem «a diversidade e o contributo destas comunidades para o setor» agrícola neste território e obrigaram já a investimentos na criação de condições de alojamento, uma das dificuldades apontadas pelas empresas.

A «indisponibilidade de alojamento adequado» para os trabalhadores foi apontada por 62% dos inquiridos e, na opinião de 59% dos associados, esta situação reflete-se na «permanência de imigrantes em Portugal».

«Neste contexto, 42% dos respondentes identificam os processos de licenciamento como um desafio, enquanto 21% acrescentam os elevados custos de investimento e arrendamento como questões a considerar», precisa.

Além disso, a «pouca disponibilidade» de alojamento é outro fator apontado por 29% das empresas.

A AHSA destacou ainda que «a maioria das empresas (35%) já investiu, pelo menos, até 50 mil euros em soluções habitacionais para os seus trabalhadores migrantes», sendo que «mais de 20% dos inquiridos revelaram investimentos superiores a um milhão de euros em habitação para os [seus] colaboradores».

Por outro lado, segundo as empresas, «o principal dissuasor à contratação de mão-de-obra nacional na agricultura assenta no desinteresse generalizado pela atividade, apontado por 83% dos respondentes, seguido do envelhecimento da população local (28%) e da falta de qualificação (21%)».

Ainda neste âmbito, os salários não atrativos, a pouca competitividade na oferta de condições comparativamente com outros países da União Europeia, a alta sazonalidade da atividade que resulta em grandes picos de necessidade de mão-de-obra e a indisponibilidade para trabalhar legalmente foram reconhecidos por 3% dos inquiridos.

 



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