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«Há uma clara manipulação dos números e antes de se emitir uma opinião, deverá haver correção na análise dos números reais», afirmou o presidente da Câmara de Albufeira numa conferência de imprensa, esta quarta-feira, 8 de Janeiro, referindo-se à criminalidade no concelho. 

As declarações surgem, de acordo com a autarquia, devido ao «uso recorrente do “exemplo de Albufeira” para se falar em criminalidade no país», como ocorreu a 7 de Janeiro, durante o debate parlamentar na Assembleia da República, por um dos deputados, e que o “Polígrafo” validou como “verdade”.

«A estatística resulta de somatórios e, no caso de Albufeira, que tem uma população de cerca de 44 mil habitantes, regista um aumento exponencial na chamada época alta, atingindo cerca de 500 mil pessoas neste concelho. Ora, generalizando-se estes dados, temos a mesma situação que ocorreu aquando do período da Covid-19, que tínhamos mais infetados do que habitantes, o que não era verdade», referiu o autarca no passado dia 8, à margem da conferência de imprensa sobre o Race Nature, prova de ciclismo que vai já na sua 4ª edição.

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De acordo com o Município de Albufeira, o “Polígrafo” afirmou que «categorias de crime mais comuns no concelho de acordo com o INE são, com margem, crimes contra o património (42,5‰), seguidos pelos crimes contra a integridade física (9,8‰) e a condução de veículos com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l (7,6‰)».

O mesmo artigo corrobora a sua análise com o ‘site’ “Criminalidade em Portugal em 2023”, que, diz o “Polígrafo”, «chegou à mesma conclusão: Albufeira é o concelho com maior taxa de criminalidade: 9,47 crimes por cada 100 habitantes. Neste ranking o restante top 5 é composto por Loulé (7,04%), Porto (6,27%), Lisboa (6,17%) e Sines (5,47%).»

Tendo em conta estes dados, José Carlos Rolo considera que «tem que haver uma maior consciência social na emissão da informação. No item de crimes contra o património, por exemplo, um número considerável respeita a papeleiras destruídas, o que acontece porque Albufeira tem uma vida noturna internacionalmente conhecida durante a época alta, com quase meio milhão de turistas, ao longo de meses».

«Albufeira vive do Turismo e estas informações não têm afetado o mercado, porém, não são positivas e poderão vir a afetar»,  referiu ainda o edil.

José Carlos Rolo diz ainda que a matéria «não pode ser uma lança de propaganda partidária» por parte de determinados partidos «que fazem deste dado a base para cartazes que têm sido colocados na região».

O autarca salienta ainda que «entre o significado da palavra e a imagem mental que a palavra ‘crime’ sugere, não cabem papeleiras no chão ou um sinal de trânsito dobrado. A palavra criminalidade sugere brutalidade, violência e barbaridade nas nossas ruas. Isso não acontece. Regista-se de vez em quando algum episódio de violência, à
semelhança do que pode acontecer em qualquer localidade».

O edil considera ainda que «o bom uso da Língua também deve passar por uma maior especificidade em matéria de Estatística, lembrando a escala de “delito menor, delito grave e crime”, expressões que podem ajudar a não criar «este desconforto para os albufeirenses, que conhecem a realidade do concelho e que tomam estas afirmações recorrentes como uma falta de rigor e de respeito para com toda a comunidade».

 



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