O presidente do Farense, João Rodrigues, reconheceu este sábado que o grupo está «extremamente aborrecido», até «raivoso», na sequência de várias decisões «claramente prejudiciais», que culminaram na derrota caseira frente ao Gil Vicente.
«Infelizmente, temos tido um acumular, já há bastante tempo, de situações que não nos deixam minimamente tranquilos, deixam-nos muito incomodados, em que constantemente há decisões que não entendemos e que são claramente prejudiciais para a entidade Sporting Clube Farense», sustentou o dirigente.
Na conferência de imprensa após a partida, o treinador Tozé Marreco foi substituído pelo presidente, que contestou o golo anulado a Tomané, aos 87 minutos.
O avançado marcou, mas o auxiliar assinalou fora de jogo, que seria confirmado pelo videoárbitro, com margem de sete centímetros, após uma demorada análise de cinco minutos.
«Não entendemos como é que, com as linhas que estão colocadas, esse golo poderia ser anulado ao Farense», afirmou, protestando contra as «regras que não são consistentes».
João Rodrigues dirigiu um «apelo» a «todas as instituições que têm responsabilidade no futebol português»: «Para o bem do futebol português, estas situações têm de imediatamente parar.»
Considerando que «os árbitros têm direito a errar, mas não devem é errar consistentemente contra» o Farense, o dirigente deu «menos margem» de desculpa ao videoárbitro, que «está a gerir o processo» com o apoio de imagens.
«Temos um grupo que está extremamente aborrecido, quase que diria raivoso, mas podem ter a certeza que não está abatido. Estamos muito fortes e vamos continuar muito fortes, e este grupo vai conseguir os seus objetivos», finalizou João Rodrigues.
Após o desaire com o Gil Vicente, o Farense, que vinha de três jogos sem perder no campeonato, vai terminar esta ronda em zona de despromoção, ocupando à condição o 17º posto, com nove pontos.