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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse ontem que no último concurso para médicos de família foram ocupadas 28% das vagas e prometeu que no próximo ano os concursos terão outros incentivos.

A segunda parte do concurso para médicos de família será feita mas, garantiu Ana Paula Martins, o Governo já está a trabalhar “no que vai ser o concurso do próximo ano, porque associado ao concurso tem de haver outro tipo de incentivos”. “Porque caso contrário teremos muita dificuldade em ter médicos” nalgumas zonas, disse.

A ministra falava aos jornalistas após a cerimónia de encerramento do 27º congresso da Ordem dos Médicos, que decorreu durante dois dias em Lisboa.

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Ao falar aos médicos a ministra referiu-se a tempos difíceis decorrentes de novos desafios e falou da obrigação de serem encontradas soluções para os problemas, sendo um exemplo desses problemas a questão das vagas para Medicina Geral e Familiar.

É preciso, disse, trabalhar com todos para encontrar respostas ao facto de os médicos jovens não se quererem fixar no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “O tema não pode continuar a ser adiado”, afirmou.

Questionada depois pelos jornalistas a ministra retomou o tema, afirmando que o concurso não foi propriamente um falhanço e que no ano passado foram ocupadas 32% das vagas e este ano, na primeira fase, 28%.

“Já assumi que houve um problema com metodologia, que foi alterada, e neste momento estamos em condições de voltar a ter os concursos nacionais e vamos publicar nos próximos dias o mapa com os concursos de segunda vaga”, disse.

No início do mês, no parlamento, Ana Paula Martins anunciou que o concurso para a contratação de médicos de Medicina Geral e Familiar para o SNS iria voltar a ser nacional, reconhecendo que o último “não correu bem”.

O Governo PSD/CDS-PP alterou as regras de contratação em Junho, acabando com os concursos centralizados e permitiu que cada Unidade Local de Saúde realizasse os seus concursos, num total de 2.200 vagas autorizadas.

Hoje a ministra recordou essa mudança mas foi mais longe afirmando que é preciso fazer uma reflexão, com a OM mas também com as associações representantes da Medicina Geral e Familiar e com os jovens especialistas, “que se formam e que acabam por não concorrer a vagas em determinados locais”.

“Não é pelo país inteiro, é sobretudo Lisboa e Vale do Tejo, Sul, e Centro também com alguns problemas”,afirmou.

E acrescentou: “Temos de pensar o que podemos fazer para que estes jovens especialistas sintam que no SNS podem ter o seu projeto de vida. E isso inclui matérias como ter um programa de formação para os primeiros cinco anos, dar possibilidades de formação dentro e fora do país, também possibilidades de remuneração associada ao desempenho.”

Ana Paula Martins notou nesta matéria o “papel determinante” das autarquias, que têm feito um esforço de até financiar parte do custo de vida dos médicos.

“Não tenho uma solução mágica. Tem de ser encontrada com os médicos e ouvindo os mais jovens”, afirmou, acrescentando que nas especialidades hospitalares não tem havido grandes dificuldades e que há até uma situação de “vários médicos baterem à porta” do SNS para voltar.

Este ano havia uma quota de 250 médicos que foi imediatamente preenchida, o programa de médicos depois dos 70 anos foi imediatamente esgotado, “e neste momento tenho 50 médicos especialistas em varias áreas, da área hospitalar, que gostariam de voltar ao SNS”, disse.

 

 



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