A «instalação e manutenção de pastagens anuais semeadas em rede de Faixas de Gestão de Combustível», nomeadamente de «troços da rede primária, da rede secundária e mosaicos de parcelas de gestão de combustível», é uma das ações contempladas no protocolo de parceria que a Câmara de Tavira assinou com a Federação de Caçadores do Algarve e 47 clubes de caça que operam no concelho.
Na prática, trata-se da renovação por mais um ano de um protocolo que já existia, que visa «mobilizar o setor cinegético e as suas estruturas associativas para uma maior integração na prevenção de incêndios rurais, assim como para a criação de um mosaico paisagístico que contribua para a beneficiação do habitat e da biodiversidade», segundo a Câmara de Tavira.
O acordo estipula que a Câmara apoie a federação e as associações com um total de 131 mil euros, «ao qual acresce o montante de 63.350 euros na compra de sementes para plantação, por parte dos parceiros», o que resulta num investimento global de cerca de 194 mil euros.
«A celebração deste protocolo irá possibilitar a articulação de todas as entidades participantes nos sistemas de autoproteção de pessoas e infraestruturas, mobilizando o setor agrícola para a prevenção e adoção de boas práticas, nomeadamente, execução e manutenção de faixas de gestão de combustível, a renovação de pastagens ou mosaicos agrossilvopastoris determinantes para um território mais resiliente, viável e gerador de valor», acrescentou a autarquia.
«Considerando que os recursos alimentares disponíveis para as espécies cinegéticas não são suficientes para otimizar o seu desenvolvimento, esta medida permite colmatar essa deficiência, através da instalação de culturas agrícolas com cereais e leguminosas nas zonas mais desprovidas de alimento ou com alimento de baixa qualidade, fixando desta forma os animais», disse ainda.
A autarquia tavirense, com este protocolo, «pretende continuar a apoiar a manutenção da rede de faixas de gestão de combustível, estimulando sinergias entre a atividade cinegética e as medidas estruturais de Defesa da Floresta contra Incêndios».