O Imortal Basket avança este sábado para mais uma época na Liga masculina de basquetebol com a mira na manutenção. O treinador dos algarvios garante a aposta «em jovens talentos que reforçam a identidade» do clube de Albufeira, que, à semelhança dos outros 11 emblemas do campeonato, falhou as duas primeiras jornadas devido ao impacto causado pela nova Lei da Imigração.
Bernardo Pires disse ao Sul Informação que a ambição dos algarvios passa por «garantir a manutenção» no principal escalão da modalidade e por «continuar a apostar no desenvolvimento e crescimento» dos seus jogadores».
«Mantemos uma equipa jovem e promissora, e procuramos criar um ambiente que promova a sua evolução dentro da filosofia do clube. Tal como na época anterior, esperamos crescer gradualmente e, se possível, atingir patamares mais elevados de forma sustentada», acrescentou.
O jovem treinador, de 31 anos, salientou que o Imortal é um clube «focado na formação e crescimento dos atletas», que investe na evolução dos seus jogadores, muitos deles acabando por sair para projetos maiores. «É um sinal do bom trabalho que temos vindo a realizar», referiu.
Bernardo Pires assegurou que as mudanças no plantel cumpriram a «política de aposta em jovens talentos que reforçam a identidade do Imortal», prometendo dedicação contínua de direção, equipa técnica e jogadores para manter a competitividade e, «a médio/longo prazo, almejar novos objetivos, sem nunca perder de vista a estabilidade e o crescimento sustentado do projeto».
O Imortal Basket, que na época passada foi 8º classificado na fase regular e depois foi eliminado pelo FC Porto nos quartos de final dos “playoff”, já contratou sete jogadores.
Chegaram a Albufeira os norte-americanos Quay Kennedy, Leo Behrend, Moses Flowers e Malik Bowman, os portugueses Tiago Lisboa e Afonso Coelho e o sueco Filip Gewert.
«Conseguimos manter o núcleo jovem da equipa e reforçámos setores-chave com jogadores igualmente jovens, que vêm consolidar a nossa identidade, acreditando que se enquadram bem na nossa filosofia de treino, desenvolvimento e crescimento futuro», explicou Bernardo Pires.
O técnico, na sua segunda época no comando da principal equipa dos algarvios depois de várias temporadas a orientar a equipa B, observa «uma grande margem de progressão» com «a combinação de juventude e potencial» que tem à sua disposição.
O arranque da época ficou, porém, irremediavelmente marcado pelo «impacto significativo» gerado pela nova Lei da Imigração, que dificultou o processo de inscrição dos atletas estrangeiros, com atrasos na emissão de documentos e «inconsistências» nos procedimentos das autoridades competentes, afirmou Bernardo Pires.
A situação levou mesmo os 12 clubes da Liga a tomarem, por unanimidade, a decisão de não comparecer aos jogos das duas primeiras jornadas.
No caso específico do Imortal, Moses Flowers ainda não foi inscrito. «Continuamos preocupados com o impacto desta situação no rendimento desportivo da nossa equipa. Compreendemos a necessidade de dar início à competição, em respeito pelos atletas, adeptos, patrocinadores e parceiros. No entanto, não podemos ignorar que a verdade desportiva continua comprometida enquanto estas dificuldades na inscrição de jogadores persistirem, colocando-nos numa posição desconfortável e gerando alguma frustração neste início de época», concluiu o técnico do Imortal Basket.
O arranque dos algarvios será este sábado, com a receção ao campeão Benfica, às 18h00, no Pavilhão Municipal de Albufeira.
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