Tavira acolhe, de 25 a 31 de Outubro, exposições, música, um pouco da história a cidade e momentos únicos de reflexão e performance artística, num tributo contínuo a Álvaro de Campos. Este é o resumo da terceira semana de homenagem ao heterónimo de Fernando Pessoa, em Tavira.
Assim, na sexta-feira, 25 de outubro, às 18h30, na Casa Álvaro de Campos, tem lugar o Café Filosófico: Pensar Pessoa em Português, conduzido pela filósofa Maria João Neves.
Autora do livro Café Filosófico – O Som do Pensamento, Maria João Neves tem sido uma presença constante na Festa dos Anos de Álvaro de Campos (FAAC), desafiando o público a refletir sobre a obra de Fernando Pessoa de uma perspetiva filosófica.
Nesta sessão, que será inteiramente em português, os participantes são convidados a refletir sobre o poema Sua Inconsciência Alegre é uma ofensa para mim... que integra a obra Fausto. Uma tragédia Subjetiva, de Fernando Pessoa. Inscrições pelo email [email protected].
Uma sessão em inglês será realizada mais adiante no festival.
No sábado, dia 26, às 18h00, a Ermida de Santa Ana recebe a estreia mundial da peça para barítono, violino e guitarra, intitulada “Qualquer Música”, baseada no poema homónimo de Fernando Pessoa.
Com música composta especialmente para esta ocasião pelo compositor e maestro algarvio Cristóvão Silva.
“Qualquer Música” é também o título da rubrica anualmente desenvolvida pela Academia de Música de Tavira no âmbito da FAAC.
O elenco musical inclui Francisco Brazão (barítono), Adelina Marques (violino) e Josué Nunes (guitarra clássica), numa interpretação que promete trazer a magia dos versos de Pessoa ao coração de Tavira.
No domingo, dia 27, às 16h00, na Praça do Coreto, o fim de semana encerra com um evento que une tradição e história: a Banda Musical de Tavira apresenta o programa, interpretando marchas e canções do final do século XIX.
Sob a direção do maestro Filipe Bagarrão, a banda transportará o público para a época do jovem Álvaro de Campos, que, ainda bebé de colo, teria sido levado por sua mãe a este mesmo coreto, inaugurado em 1890, para ouvir os sons que marcaram a sua infância.
Um concerto que evoca não só a história da música, mas também a ligação pessoal e imaginada do poeta à sua cidade natal.
Durante toda a semana, os visitantes podem explorar as seguintes exposições: «Entre o Génio e o Sonho: Álvaro de Campos, uma retrospectiva», do artista Carlos Fonseca Martins, patente na Biblioteca Municipal de Tavira; «A Vila da Minha Infância», uma exposição fotográfica que apresenta registos de Tavira no início do século XX, quando Álvaro de Campos regressa à sua cidade natal, patente no Museu Casa Fotografia Andrade; e ainda «A Arte é Bela… e Inútil», exposição coletiva na Artesis Galeria.
A Festa dos Anos de Álvaro de Campos celebra a ligação de Fernando Pessoa à cidade de Tavira, trazendo à luz o legado cultural do poeta, através de várias expressões artísticas.
Esta é a terceira de sete semanas repletas de eventos culturais, que continuarão a decorrer até ao final de Novembro.
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