Com o objetivo de «dignificar» o Cemitério da Esperança, que este ano completa 160 anos, a União das Freguesias de Faro deu nomes aos arruamentos, mas também fez a reposição da iluminação pública, pintou os muros interiores e exteriores, limpou os arruamentos e calçadas e recuperou a capela.
Com a atribuição de nomes aos passeios e largos do Cemitério de Esperança, a Junta pretende «preservar a memória coletiva e facilitar a localização de sepulturas e pontos de interesse no local».
«Este projeto visa, não só honrar a história da comunidade, mas também melhorar a organização do espaço, tornando-o mais acessível e compreensível para os visitantes, passando este cemitério a ser dos poucos cemitérios em Portugal, com nomes atribuídos aos seus passeios e largos», continua em nota.
Os arruamentos, chama-se agora, de forma simbólica, Largo da Saudade: Um espaço que evoca a memória e o carinho pelos entes queridos; Passeio da Luz: Símbolo de esperança e claridade espiritual; Passeio da Paz: Referência ao repouso eterno e à tranquilidade; Passeio da Humanidade: Uma homenagem à condição humana e à fraternidade universal; Passeio do Pensamento e Passeio da Memória: Espaços para reflexão e recordação; Passeio do Repouso: Local de serenidade e descanso eterno; Passeio da História: Honra o passado e as memórias preservadas ao longo dos tempos; Passeios da Serenidade, Harmonia, Tranquilidade e Eternidade: Estes nomes evocam paz interior e o equilíbrio entre a vida e o repouso e Passeio 1864: Uma referência ao ano de inauguração do Cemitério da Esperança, destacando a importância histórica deste local para a cidade de Faro.
Para Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro, «a atribuição de nomes aos arruamentos do Cemitério da Esperança vai muito além de uma simples reorganização espacial. Trata-se de uma medida profundamente simbólica que reflete o nosso compromisso com a dignidade, o respeito pela memória e a valorização do património cultural e humano da nossa comunidade. Ao humanizar este espaço, estamos a criar um lugar de homenagem e introspeção, onde o passado e o presente se encontram».
«Esta iniciativa também responde a uma necessidade prática, pois facilita a orientação dos visitantes, mas também reforça a identidade coletiva de Faro. Em tempos onde a coesão social é mais importante do que nunca, iniciativas como esta demonstram que não estamos apenas focados na gestão do presente, mas também procuramos garantir que o passado e as memórias daqueles que vieram antes de nós sejam preservados e honrados. É um passo que dignifica não só o Cemitério da Esperança, mas toda a cidade de Faro», remata.