O Sindicatos dos Enfermeiros Portugueses (SEP) pediu uma reunião à AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve para discutir o estado da saúde no Algarve.
Segundo o SEP, a AMAL ainda não respondeu a este pedido.
Em comunicado, o Sindicato lamenta o facto de o Bloco de Partos de Portimão estar «encerrado até ao final do mês».
«As enfermeiras especialistas em saúde materno-obstétrica transformaram-se, no essencial, em “transferidoras” de mulheres grávidas para o hospital de Faro. Ou, como aconteceu, a 19 de Agosto, em assegurar um parto na ambulância», lamentam ainda.
«O Barlavento Algarvio não tem, atualmente, qualquer resposta em pediatria de forma consistente. A contratação de médicos pediatras em prestação de serviços durante alguns dias e que permitiria, por exemplo, o funcionamento do bloco de partos, colide com a mobilização de obstetras para o hospital de Faro», acrescenta.
«O encerramento destes serviços e a transferência de mulheres e crianças para o Hospital de Faro tem sobrecarregado aqueles serviços sem que as equipas de enfermagem sejam reforçadas, à exceção de duas enfermeiras especialistas que todos os dias se deslocam do Bloco de Partos de Portimão para o de Faro».
De acordo com o SEP, no serviço de Obstetrícia do Hospital de Faro, saíram oito enfermeiros «sem que nenhum tenha sido substituído».
«Reafirmamos: não há falta de recursos humanos. O Governo e o Ministério da Saúde têm que optar entre valorizar as carreiras profissionais ou, ao invés, privar os cidadãos e, em concreto os algarvios do acesso a estes cuidados de saúde. E, em última análise, responsabilizar-se pelas centenas de quilómetros que as mulheres e as crianças têm que fazer», conclui.