Os enfermeiros do Algarve vão estar em greve, nos dias 22 e 23 de Agosto, para exigir que lhes sejam pagas as «milhares de horas que as instituições» (administração da agora ULS e ARS) lhes devem, «resultantes de dias de feriados e de folgas não gozadas».
«Há enfermeiros que estão à espera de receber há mais de 10 anos e que mesmo com a apresentação de comprovativos, a administração da ULS (anteriormente do Centro hospitalar do Algarve) teima em não pagar», afirma o Sindicato dos Enfermeiros, relembrando que «é a instituição que, obrigatoriamente, tem que ter estes registos, sendo que há anos que os enfermeiros fazem o registo de assiduidade por medição biométrica».
Na impossibilidade de “pagamento em tempo” como a lei obriga (carência), os enfermeiros ponderam a possibilidade de pagamento em dinheiro.
«A administração propôs o pagamento como se de horas em dias úteis e nos turnos da manhã se tratassem. Roubo! Estamos a falar de dias de compensação de feriados e de folgas que, ao contrário da maioria dos gestores da ULS e dos Ministérios / governo, os enfermeiros foram impossibilitados de goza», lê-se no comunicado dos enfermeiros.
A proposta é que paguem estas horas na base do cálculo de duas vezes o valor do trabalho extraordinário do regime de 35 horas, ou seja, a 200%.
Segundo o sindicato, a administração desconvocou a reunião que teria como objetivo também a discussão desta proposta.
«A enfermagem está doente, a saúde no Algarve está doente também pela incapacidade de quem tem o dever de decidir», frisam.