João Fajardo, o novo treinador principal do Olhanense 1912, vai ter a primeira experiência como técnico de seniores na sua carreira e apresenta-se com «muita vontade» de colocar o emblema de Olhão, campeão em título da II Divisão Distrital, nos patamares superiores.
«As expectativas são sempre altas, porque quando abraçámos este projeto foi com o intuito de tentar o melhor possível. Não prometemos sempre nada à partida, em termos de resultados futuros, como é claro, porque não o conseguimos. O que podemos prometer é trabalho, muito trabalho, muita dedicação e muita vontade de voltar a pôr o Olhanense nos patamares onde merece estar», diz o treinador ao Sul Informação.
O Olhanense 1912 foi um emblema criado em 2017, na órbita do Sporting Clube Olhanense, partilhando a sede e alguns dirigentes, mas só a competir nos escalões de formação.
Na época passada, após a desistência da SAD de competir na I Divisão Distrital, foi a solução encontrada para manter a “marca” Olhanense no futebol sénior, a partir do segundo escalão distrital. E, sob a orientação de Miguel Serôdio, foi mesmo um primeiro ano de sucesso, com a conquista do título.
Para encarar o concorrido primeiro escalão distrital, o Olhanense 1912 convidou João Fajardo, que até agora só tinha experiência a treinar camadas jovens.
«As coisas correram muito bem no futebol de formação e eu espero continuar o bom trabalho que fiz no futebol de formação, agora no futebol sénior. É a primeira aventura, é claro, mas se não me sentisse preparado, não abraçava este projeto», assegura.
O novo “homem do leme” da formação olhanense ressalva que a direção lhe pediu «para dar o máximo» pelo clube. «Foi isso que me foi pedido e é isso que eu vou fazer, dar a alma e coração e dar tudo pelo Olhanense», declara o técnico, de 45 anos.
Quanto à meta da subida de divisão, Fajardo salienta que «todas as equipas vão querer subir e não vão dizer que não se o conseguirem», prosseguindo: «Se me perguntarem o que é que eu gostava, claro que gostava de, daqui a praticamente um ano, estar a festejar uma subida. Mas sei que não vai ser fácil, há equipas muito fortes e que já esta época [2023/24] apostaram muito.»
O treinador tenciona apostar em muitos dos jogadores da temporada transata. «Vão ficar muitos jogadores, porque uma equipa que foi campeã da II Divisão Distrital é porque tem mais-valias no plantel. E vamos reforçar o plantel em pontos fulcrais», revela.
Fajardo quer ter um Estádio José Arcanjo cheio, depois de o Olhanense 1912 ter tido uma média por jogo «de cerca de 3.000/3.500 pessoas» na II Divisão Distrital, visando atrair mais adeptos com um futebol positivo e de ataque.
«Pedir o apoio de toda a gente de Olhão, porque todos juntos somos capazes de fazer um grande trabalho. Gostava que conseguíssemos chegar às 5.000 pessoas/jogo. Seria uma grande ajuda, os jogadores com estádio cheio galvanizam-se e dão mais dentro de campo. Pretendo unir Olhão e os olhanenses em volta do clube», sustenta.
No Farense, o técnico subiu os juvenis (sub-17) aos campeonatos nacionais após mais de uma década de ausência, e repetiu o feito nos juniores (sub-19), que ascenderam à I Divisão em 2023, 14 anos depois.
À 18ª jornada da época 2023/24, numa altura em que a formação de Faro ocupava o terceiro lugar na Série Sul da I Divisão de juniores – posição em que terminaria a primeira fase, garantindo a passagem à fase de campeão –, Fajardo foi dispensado pela direção do Farense.
Da passagem pelo clube da capital algarvia, só ficou um amargo de boca: «Gostava de ter terminado a época, porque já vinha a fazer um trabalho de há muitos anos. Mas isso é passado, agora é pensar no futuro e naquilo que poderei trazer de novo e de bom ao Olhanense», remata.
Os adjuntos Paulo Rodrigues e Hugo Monteiro, o treinador de guarda-redes Gonçalo Augusto e o preparador físico Diogo Lopes compõem a equipa técnica de João Fajardo.
