Um projeto piloto de utilização de tecnologias de geolocalização e monitorização para o controlo de rebanhos vai ser lançado na terça-feira, dia 18 de Junho, pelo Revitalgarve, um projeto que visa contribuir para a revitalização das zonas rurais do Algarve, através de duas ações demonstrativas a decorrer às 10h00 e às 15h00, em Algoz e em Conceição de Tavira, respetivamente.
No concelho de Silves, a ação demonstrativa decorre « numa exploração pecuária, com um criador da raça ovina churra Algarvia», sendo o ponto de encontro a Junta de Freguesia de Algoz, anunciou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
À tarde, haverá nova demonstração, desta feita numa exploração frutícola (Quinta do Cabeço), «que utiliza um rebanho de ovinos no controlo de infestantes, diminuindo a utilização de equipamentos e agroquímicos neste controlo, e contribuindo para o enriquecimento do solo em matéria orgânica».
A utilização e divulgação desta tecnologia, baseada em sistemas de informação georreferenciados (SIG), é uma das componentes previstas na Linha de Ação Conhecimento do Revitalgarve.
«Este projeto piloto incide em cinco rebanhos (quatro de ovinos e um de caprinos). Serão colocadas duas coleiras eletrónicas / rebanho, com o objetivo de acompanhar e monitorizar o comportamento dos animais durante a execução do projeto. A introdução desta tecnologia não irá apenas facilitar o trabalho dos pastores, pois será possível através do telemóvel conhecer a localização exata do seu rebanho, mas também possibilitar a obtenção de outros parâmetros produtivos. Vai igualmente promover uma melhor gestão da pastagem e do território, especialmente na manutenção de áreas mais limpas e resilientes aos incêndios rurais», descreve a CCDR Algarve.
O Revitalgarve é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), assente numa rede de doze parceiros públicos e privados, entre os quais a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve – Agricultura e Pescas, «que pretende criar um modelo de organização do Sistema Alimentar do Algarve, baseado numa Rede de Produtores Locais do Algarve (RPLA) e no consumo local dos produtos com origem na RPLA».