O Museu da Escrita do Sudoeste (MESA) regressa este sábado à sua casa original, na Rua do Relógio, em Almodôvar, após ter estado a funcionar temporariamente no Convento de Nossa Senhora da Conceição – Fórum Cultural de Almodôvar.
Depois das obras de ampliação e modernização de que foi alvo, o espaço volta a abrir portas ao público, no domingo, dia 16 de junho.
Entretanto, para este sábado, 15 de junho, está agendada a inauguração oficial das obras de reabilitação e ampliação desta infraestrutura e também da nova museografia que ficará exposta.
As obras dotaram o edifício do MESA de mais espaço, mais áreas de exposição e pedagógicas, permitindo “mais aprendizagem” e uma maior “partilha” do espólio do museu.
A escrita do Sudoeste utiliza caracteres de origem fenícia, mas nunca foi decifrada pelo facto de se desconhecer a língua que lhe serve de base.
Foi utilizada pelos Cónios ou Tartessos, um povo que viveu, durante a Idade do Ferro, em territórios que hoje correspondem às regiões da Andaluzia, Baixo Alentejo e Algarve. É a primeira escrita da Península Ibérica baseada num alfabeto.
O Museu da escrita do Sudoeste, em Almodôvar, reúne os testemunhos mais importantes desta escrita utilizada por um povo que prosperou entre os anos 1000 e 500 antes de Cristo. Existem muitas dúvidas sobre o local onde se estabeleceu a capital dos Tartessos, como também em relação a outros momentos da vida deste povo ibérico.
Dos testemunhos físicos, o que se conhece melhor é a escrita gravada na pedra, sobretudo em estelas, vestígios que são especialmente ricos no Alentejo e na Serra do Caldeirão, no Algarve.
