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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu hoje, 28 de Fevereiro, que o preço do azeite deverá manter-se ou até mesmo subir até que a oferta seja reposta, alertando para a possibilidade de produtos adulterados em canais informais.

O preço do azeite subiu 69% em Janeiro em Portugal, registando o maior aumento homólogo do produto, que na média da União Europeia (UE) aumentou 50%, segundo dados divulgados, na terça-feira, pelo Eurostat.

«Enquanto não se verificar uma reposição da oferta no mercado, ou seja, até que a produção se regularize, é natural que os preços não desçam e que inclusivamente possam ainda subir», afirmou fonte oficial da CAP, em resposta à Lusa.

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A partir de Maio vão ser conhecidas as estimativas relativas à próxima campanha do azeite, que a CAP diz serem fundamentais para avaliar o comportamento futuro deste mercado.

A confederação avisou também que os consumidores não se devem deixar enganar por preços «significativamente abaixo dos valores correntes de mercado» em canais informais, tendo em conta que podem estar a comprar produtos adulterados.

Para a subida do preço do azeite contribuiu o aumento dos custos de produção, da energia e dos combustíveis, o impacto da seca e a consequente quebra na produção, referiu.

Segundo a CAP, o facto de países produtores, como Espanha ou Itália, terem passado a abastecer-se em Portugal contribuiu também para uma redução da oferta e para o agravamento dos preços.

Já quanto ao facto de a subida verificada em Portugal ser superior à que aconteceu em outros Estados-membros, a confederação presidida por Álvaro Mendonça e Moura notou que pode ser justificada com «diferentes velocidades de ajustamento do preço nos diferentes mercados e de rotatividade do produto junto dos consumidores».

A isto, conforme referiu, acresce que a «elevada qualidade dos azeites portugueses tem suscitado maior procura por outros mercados, o que faz naturalmente aumentar os preços».

De acordo com os dados do serviço estatístico europeu, na UE, o preço do azeite disparou na segunda metade de 2023, com um pico inflacionário de 51% em Novembro, face ao mesmo mês de 2022.

Em Dezembro de 2023, o aumento homólogo do preço do azeite abrandou ligeiramente para 47% e voltou a acelerar em Janeiro.

Por sua vez, em Janeiro, o preço do azeite aumentou em todos os Estados-membros.

Além de Portugal (69%), também a Grécia (67%), Espanha (63%) e Estónia (52,2%) registaram taxas de inflação do azeite acima dos 50% em Janeiro.

 

 



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