O PSD/Algarve exige que seja criado um «plano de emergência e ajuda aos agricultores», na sequência de notícias que dão conta de cortes «de 70% da água para a agricultura e de 15% em cada um dos municípios» do Algarve, como consequência da prolongada seca e da cada vez maior escassez de água na região.
Os cortes de água para a agricultura e nos municípios algarvios são medidas previstas no plano de contingência que a Agência Portuguesa do Ambiente vai acionar, para fazer face à falta de água no Algarve, que será apresentado em detalhe no final de Janeiro.
Os valores mencionados pelos social-democratas algarvios foram avançados pela TSF, numa notícia onde eram antecipadas as limitações que serão impostas no Algarve.
«O que há a fazer é indemnizar quem vai ficar a ver as culturas a secar, sem capacidade e meios para produzir, mas isso não resolve o problema. Vão morrer árvores e culturas, vão falir explorações e perder empregos. É uma situação desesperante. É vital um plano de emergência para salvar as atividades afetadas», defendeu Cristóvão Norte, presidente do PSD/Algarve.
O presidente do PSD/Algarve considera ainda que «é imperioso que se trace um plano de desenvolvimento regional que equilibre as necessidades de água e as disponibilidades. Nada disso foi feito. Temos que ter uma região com um perfil económico adequado às suas disponibilidades hídricas».
«Estes cortes são o resultado devastador da inacção do governo PS ao longo de 8 anos. Não há novas barragens, bacias de retenção, transvase do Pomarão, exigência de reparação das brutais perdas do sistema, dessalinizadora. Em 8 anos fez-se muitíssimo pouco e quem vai pagar por isso são as atividades económicas e as pessoas. E o preço vai ser muito alto», acusou.
O mesmo responsável afirma ainda que «é importante que todos tentemos poupar água, é um serviço que fazemos a nós próprios e à região»
O PSD Algarve salientou «que Luís Montenegro já se comprometeu com o avanço da Barragem da Foupana e transmite aos algarvios que a água, a par da saúde, habitação e diversificação da economia, serão as traves mestras do programa regional que será submetido à apreciação dos algarvios».