Câmara de Lagoa regista maior redução de consumos de água no setor urbano

Município continua a apostar na implementação das Zonas de Medição e Controlo para reduzir perdas de água

Lagoa foi o município algarvio com maior redução de consumos de água no setor urbano, durante o ano de 2023, face ao registado no período homólogo de 2022. Os dados são da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e foram avançados esta terça-feira, 16 de Janeiro, pela autarquia. 

Os números revelam que o Município de Lagoa reduziu o gasto de água distribuída pela rede de abastecimento doméstico em 3,8%, algo que se deve sobretudo às intervenções feitas, como a implementação das Zonas de Medição e Controlo (ZMC), que permitiram reduzir as perdas de água.

Depois de, no ano passado, ter implementado 11 ZMC na Freguesia de Porches (um investimento total de 600 mil euros), esta autarquia dá agora início à segunda fase de implementação, abrangendo o território da Freguesia de Ferragudo e das Uniões das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro e ainda de Estômbar e Parchal.

Na segunda fase desta intervenção, o foco está na zona de influência do ponto de entrega da empresa Águas do Algarve, o Reservatório da Palmeirinha, com a criação de 47 ZMC e sete Zonas de Pressão controlada (ZPC), bem como a substituição ou renovação de algumas condutas, essenciais ao processo de controlo da rede.

Trata-se de uma intervenção financiada a 100% por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um custo superior a 1 milhão e setecentos mil euros e uma duração prevista de 12 meses.

O financiamento resulta de uma candidatura do Município de Lagoa ao PRR, «com o enquadramento no Aviso de Financiamento nº 2/C09-i01-01/2023, a qual teve relevância estratégica, no âmbito da submedida do Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve (PREH) – SM1 – Reduzir perdas de água no setor urbano e priorizada na Componente C9 – Gestão Hídrica do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, assim como no Programa de Ação para a Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e no PGRH das ribeiras do Algarve, nos planos de suporte ao Ciclo Urbano da Água (PENSAAR2020) e no Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água», frisa a autarquia em nota.

De acordo com o Município de Lagoa, são intervenções como estas que têm contribuído para «a redução de ocorrências de falhas no abastecimento, de água não faturada, e de perdas reais e aparentes de água, de água importada pelo sistema e para a alteração da avaliação de qualidade de relevantes indicadores da ERSAR».

Em nota, o Município de Lagoa frisa que «o controlo de perdas de água é fundamental para melhorar a eficiência das redes de abastecimento, garantindo a sustentabilidade ambiental e social a longo-prazo».

«A abordagem do problema das perdas tem como componente nuclear a setorização da rede de abastecimento. A setorização da rede, embora não incorpore diretamente o controle de perdas em si, é basilar para conhecer a distribuição espacial das perdas reais. Constitui assim, o ponto de partida para a aplicação de outros métodos, como seja, a gestão de pressões e técnicas de localização e reparação de fugas», refere ainda a autarquia.

«Esta é uma intervenção fundamental para continuarmos a reduzir as perdas de água no concelho, apesar de ter pouca visibilidade. Os resultados da APA demonstram que estamos no bom caminho e iremos continuar a trabalhar na substituição das principais condutas de abastecimento de água e na implementação de medidas que nos ajudem a atingir o nosso objetivo», afirmou Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa.

 



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