Amendoeiras de Alta Mora já estão em flor à espera de caminhantes para as admirar

Festival das Amendoeiras em Flor do Algarve deverá levar milhares de visitantes a Alta Mora

Foto: Flávio Costa | Sul Informação

As amendoeiras já se «estão a compor» e a ficar engalanadas com flores, os trilhos estão preparados para acolher as caminhadas e toda a logística necessária para receber milhares de pessoas já está a ser acautelada, em Alta Mora, o centro nevrálgico de mais um Festival das Amendoeiras em Flor do Algarve, que vai ter lugar nos dias 2, 3 e 4 de Fevereiro, nesta localidade do interior do concelho de Castro Marim.

Este ano, há novidades na componente gastronómica, entre as quais um reforço das tasquinhas, mas também uma torta de amêndoa ainda mais gigante.

«Uma das novidades desta 3ª edição do festival é que teremos mais espaços de restauração e mais variedade gastronómica», revelou ao Sul Informação Valter Matias, presidente da Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora, que organiza o evento.

O membro da organização salienta ainda «a tarte de amêndoa gigante, que este ano vai “crescer” para os 42 metros, mais um metro que no ano passado» e «a participação especial do chef Francisco Siopa, do Penha Longa Resort».

Segundo a organização do evento, «estão reservadas algumas surpresas» relativamente à participação de Francisco Siopa, «mas estará decerto atento à torta de amêndoa, bem como às tradições gastronómicas da região, assentes na Dieta Mediterrânica e partilhadas com os visitantes ao longo dos três dias».

A amêndoa e os produtos locais serão, de resto, os elementos centrais dos showcooking que serão promovidos no festival.

Esta vertente do festival é um complemento à principal atração, que são as caminhadas pela zona circundante da aldeia de Alta Mora, em trilhos ladeados de amendoeiras em flor e de paisagens de grande beleza.

E, segundo Valter Matias, não vai faltar a “neve do Algarve”, como são conhecidas as flores de amendoeira.

«Este ano, com os dias de calor que tem havido, as coisas estão-se a compor e devemos chegar ao festival no pico», acredita.

Os participantes podem optar por caminhadas de 5, 8 e 11 quilómetros, na manhã dos três dias de festival, bem como uma de 20 quilómetros, a ter lugar só no domingo.

«Temos já quase mil inscrições, espalhadas pelos três dias, nas diferentes modalidades e as pessoas ainda vão a tempo de se inscrever», salientou Valter Matias.

Os interessados em devem inscrever-se nos passeios seguindo este link.

Em 2024, também é possível adquirir os bilhetes antecipadamente, na bilheteira online do festival.

Além das caminhadas e da gastronomia, também fazem parte do programa a animação, as tradições e o artesanato.

 

Valter Matias – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

 

«Vamos ter muita música tradicional e os grupos de animação quase que vão duplicar, para cerca de 25. Teremos música, teatro e dança», segundo Valter Matias.

Na vertente musical, estão programadas nove espetáculos, «três palcos em três dias: do Folk à World Music, passando pelo Flamenco, pela música popular ou por registos etnográficos cujos representantes serão o Grupo Etnográfico Amendoeiras em Flor e o Rancho Folclórico do Azinhal» e o Grupo Coral e Etnográfico Vozes de Almodôvar».

«Há ainda espaço para as artes performativas com a exaltação do folclore português com Sofia Pimentão, a recriação da famosa “Lenda das Amendoeiras em Flor” pela Associação Satori e o espetáculo “Festival da Art´Ri-te”, encenado pelo CCD de Castro Marim. Na dança, e a representar o território, as “Arutla” do Clube Recreativo Alturense; na vertente internacional, o grupo de dança sevilhana Gracia Diaz», descreve a organização do evento.

Também haverá animação infantil «com pinturas faciais, jogos tradicionais, animais da quinta, passeios de burro e estátuas vivas».

No campo das tradições e do artesanato, volta a realizar-se o “Mercado de Produtos e Artesanato Local”, que conta com a presença de meia centena de produtores/artesãos.

Além do mercado, «é possível visitar a “Aldeia do Artesão”, onde é possível contactar com mais de 40 artesãos, a trabalhar ao vivo na recreação de artes/ofícios tradicionais, desenvolvidas pelos nossos antepassados, em contexto real. Para recriação desta aldeia, a organização com o apoio da população local e dezenas de voluntários, conseguiram recuperar um conjunto de casas devolutas, pertencentes a antigos lavradores locais, possibilitando desta forma a integração destes 50 artesãos neste espaço».

«Aproveitando as casas e alpendres existentes, bem como todos os anexos associados, tais como os fornos de cozer pão, as ramadas, os galinheiros, as pocilgas, os pátios, etc., foi possível recrear in situ muitas das artes e ofícios, que aqui se desenvolviam diariamente, há sensivelmente meio seculo atrás. A ideia foi colocar os artesãos a trabalhar em meio natural, aproveitando a recuperação de um espaço há muito desabitado, que ainda guarda memórias muitas memórias dos nossos antepassados», descrevem.

A Associação ¼ Escuro promove uma exposição fotográfica que recorda a edição de 2023 do Festival Amendoeiras em Flor e também voltam a realizar-se ateliers de pão, cestaria e oficinas de plantação de amendoeiras.

Na edição de 2024, o festival beneficia do Estatuto de Mecenato Cultural e conta com o apoio financeiro do programa Portugal Events, do Turismo de Portugal, e com o apoio do Instituto do Emprego e da Formação Profissional através do Programa de Promoção das Artes e Ofícios. Esta iniciativa da ARCDAA tem a parceria e apoio do Município de Castro Marim e da Junta de Freguesia de Odeleite.

A organização disponibiliza transporte gratuito a partir de Altura, Monte Gordo, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Monte Francisco.

«Também teremos um comboio a fazer a ligação entre o estacionamento e a entrada do festival», acrescentou Valter Matias.

 

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