Já tinha sido escrito há alguns anos, mas, como acontece com tantos outros livros, acabou por ficar na gaveta, à espera do momento certo para chegar ao grande público. E esse momento já chegou, para o livro “O Portal Mágico”, de Fúlvia Almeida, a primeira aventura da dupla Taís e Rajá, as personagens principais desta obra.
Este livro, escrito a pensar nos mais novos, é o primeiro lançado pela multifacetada autora, que foi durante muitos anos jornalista, dirigiu a Rádio Universitária do Algarve e se dedica há muito às artes performativas, sendo cofundadora e dirigente da Associação ArQuente, de Faro.
E se há algo que Fúlvia Almeida sempre usou, nas suas diferentes atividades, foi a sua imaginação e criatividade, que também são as “culpadas” por esta sua nova vertente: a de escritora.
«A Taís e o Rajá, o gato dela, são as personagens principais desta aventura. A minha ideia é que seja a primeira de muitas, que seja uma saga», revelou ao Sul Informação Fúlvia Almeida Baião, o seu nome oficial de escritora.
Esta primeira aventura é passada, maioritariamente, na Tunísia, «apesar de as personagens viverem em Loulé».
«Mas há um salto quântico e mágico que os vai levar para a Tunísia. E a história passa-se toda lá, há um mistério para resolver e eles não podem voltar enquanto não resolverem. É uma história que está cheia de mistérios por descobrir, coisas estranhas que acontecem», revelou.
O “Taís e Rajá – O Portal Mágico” está em pré-venda no site da Oficina da Escrita. «Ou seja, quando acabar o período de pré-venda, as pessoas que o encomendaram vão começar a receber o livro. Não deve tardar».
«Este é um projeto que eu já tinha há uns anos. Eu já escrevi este livro, se calhar, aí há uns 10 anos. Mas o que é que aconteceu? Deixei-o na gaveta», revelou.
«São aquelas coisas que escrevemos e achamos bonito. Na altura, até enviei para a minha sobrinha, para ela ler, e ela gostou. Mas pronto, lá ficou», acrescentou.

A decisão de tirar o livro “da gaveta” e de o mostrar ao mundo foi tomada após uma conversa de Fúlvia Almeida com um amigo, «talvez há dois anos».
«Ele disse-me: então, mas olha lá, se tu escreves tantas coisas, até já escreveste um livro juvenil, é um ato de egoísmo não o partilhares com o público», recordou.
Foi aí que a escritora decidiu «tirar a Taís e o Rajá de uma pasta do computador, para que viessem ao mundo».
Tomada a decisão, foi preciso «dar um toque, claro, uma vez que algumas coisas já estavam desatualizadas».
Depois, Fúlvia foi à procura de uma editora que estivesse interessada em editar a obra e encontrou-a: a Oficina da Escrita.
O passo seguinte foi encontrar uma ilustradora, para fazer a capa. E a escolha recaiu numa amiga, a ilustradora Susana Correia, «porque eu queria que o livro tivesse a imagem que eu sonhei».
«Eu sabia muito bem como é que era a Taís, como é que era o Rajá e descrevia à Susana cada personagem, disse o cenário onde a história se passava e a Susana foi maravilhosa, porque ela conseguiu mesmo dar vida e corpo àquilo que estava na minha mente. E acho que vibrámos as duas, porque ela agarrou o projeto com tanto entusiasmo, foi muito bonito!».
Depois de ter a capa e a contracapa prontas, Fúlvia Almeida achou que o interior do livro também tinha a ganhar com algumas imagens e recorreu novamente a Susana Correia para «criar imagens pontuais, em certos capítulos, para dar aquele brilhinho».

A ideia de escrever este livro foi «muito espontânea. Houve uma altura que eu andava sempre com a ideia de devia escrever, devia escrever. Um dia, estou em casa e foi mesmo assim do nada: um plim!».
«Eu tinha um gato, que era o Pinho. E o Pinho era cinzento, peludo, grande, lindo. E eu olhei para ele e pensei: já sei, vou fazer uma história com uma miúda e um gato. E o gato vai ser baseado no meu Pinho».
«E foi assim, e de repente, como se a história começasse a vir na minha cabeça. “Ah, é isso, vai existir um portal mágico, uau! E eles vão viajar através deste portal!”. E escrevi a história muito rápido», contou.
Quanto a Taís, Fúlvia Almeida confessa: «eu revejo-me nela. Ela tem o seu mundo, tem os seus amigos, está a estudar, também gosta de viagens. O pai dela também tem uma profissão que o leva a viajar. Ela vibra com as viagens do pai. Então há aqui este mundo todo, que é muito místico, muito de sonho».
Fúlvia Almeida espera receber os primeiros exemplares do livro em Janeiro, para «começar a pensar no lançamento físico, oficial, e nas apresentações».
O desejo de Fúlvia Almeida é fazer apresentações em Faro, mas também em Loulé, a terra dos protagonistas do livro.
«Queria que fosse primeiro aqui em Faro, mas fazer em Loulé logo a seguir. Podia ser um no sábado e outro no domingo, ou fazer um numa semana e o outro logo no outro fim de semana a seguir. Quero que seja ali muito próximo. Porque Faro é a cidade em que eu vivo, e Loulé é a cidade que me inspirou para dar casa às minhas personagens», disse.
Depois, a ideia é «fazer apresentações nas escolas, pois já tive amigas que são professoras a convidar-me. E não só do Algarve, podia correr aí um bocadinho o país com a Taís e o Rajá. Acho que vai ser engraçado».