O volume das barragens do Algarve não sofreu alterações significativas ao longo do mês de Novembro, o que significa que as albufeiras algarvias continuam com níveis muito baixos para esta altura do ano e a ser motivo de preocupação, segundo o mais recente Boletim de Armazenamento, do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SINRH).
A situação mais crítica continua a ser a da Barragem da Bravura, a única albufeira da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Algarve, que está com 7,6% da sua capacidade total. Neste caso, a diferença para o volume médio no final de Novembro, que é de 53,4%, é muito acentuada.
Na vizinha Bacia Hidrográfica do Arade, o volume, que se fixa em 25,5%, também está abaixo da média, que é de 37,8%.
Nesta bacia hidrográfica, existem duas albufeiras cujo uso principal é irrigação, a do Arade e a do Funcho, que estão neste momento com 15% e 33%, respetivamente.
Quanto à Barragem de Odelouca, destinada ao abastecimento humano e que é a com mais capacidade no Algarve, está atualmente com 24% da sua capacidade total, segundo o SNIHR.
No entanto, se olharmos aos dados das disponibilidades hídricas da Águas do Algarve, que gere as barragens para abastecimento da região, o volume útil desta albufeira era apenas de 6,9%, a meio de Novembro.
As barragens de Odeleite e a de Beliche, da sub-bacia das Ribeiras do Sotavento, são as que estão na situação menos crítica – mas que, ainda assim, causa preocupação.
A barragem de Odeleite, a segunda maior do Algarve, está com 32% da sua capacidade total. Já o volume útil armazenado nesta albufeira era de 18,93%, no dia 17 de Novembro.
Na mesma data, a albufeira de Beliche tinha um volume útil de 16,36%. O volume total armazenado era de 25%, o mesmo que se registava no final do mês anterior.
A nível nacional, comparativamente com o último dia de Outubro, verificou-se um aumento do volume armazenado em cinco bacias hidrográficas e uma descida em seis.
«Das 60 albufeiras monitorizadas, 15 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 17 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total», segundo o SNIRH.
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