Albufeira promete passagem de ano de «parar a respiração»

Programação de grande qualidade, que pretende envolver as centenas de milhar de pessoas que forem até Albufeira

Albufeira Carpe Nox em 2023/2024 – Foto: CMA©RuiGregorio

The Gift com o projeto Amália Hoje, acrobacias aéreas com aviões, fogo de artifício e projeção laser no céu e no mar, Street Food Sem Fronteiras, uma Pop Art Parade, Paderne Medieval – estes são apenas alguns dos principais ingredientes da Carpe Nox, a programação de fim de ano de Albufeira, que desta vez se prolonga por cinco dias, de 28 de Dezembro a 1 de Janeiro.

Será uma Passagem de Ano de «parar a respiração», garantiu João Costa, da empresa TavolaNostra, produtora do evento para a Câmara de Albufeira, na apresentação que ontem teve lugar no salão nobre da autarquia. É que a ameaça de chuva obrigou a mudar de local, já que estava previsto que a apresentação fosse no Miradouro do Pau da Bandeira, mesmo por cima da Praia dos Pescadores, que será o palco principal dos cinco dias de festa ininterrupta.

A grande novidade deste ano é mesmo a Street Food Sem Fronteiras, que tem como responsável máximo Nuno Bergonse, membro do júri do Masterchef Portugal. No ano passado, queixa frequente das mais de 150 mil pessoas que passaram o ano no Carpe Nox foi a falta de locais para comer e beber, como aliás salientou José Carlos Rolo, presidente da Câmara.

 

O chef Nuno Bergonse

 

Por isso, desta vez, já que «toda esta gente vai ter de comer», foi pensado um novo conceito, de comida de rua, mas que envolverá também os restaurantes e bares da cidade.

«Uma vez que as pessoas vão estar na rua, vamos dar-lhes comida de rua, mas com qualidade e sem fronteiras», explicou Nuno Bergonse.

De 28 a 31 de Dezembro, na Avenida 25 de Abril, haverá «comida do mundo inteiro, a preço acessível e com qualidade, do Japão, de Marrocos, de Portugal», etc. «Vamos fazer uma seleção rigorosa de quem estará presente para não ter mais do mesmo. A aposta será na qualidade e na diversidade», acrescentou o jovem chef.

Carla Ponte, chefe da Divisão de Turismo, Desenvolvimento Económico e Cultural, e grande responsável pela mega organização da programação Carpe Nox, anunciou que também a iniciativa Paderne Medieval terá novidades.

Para já, prolonga-se por quatro dias. Depois, apresentará pela primeira vez torneios medievais. Será num recinto próprio que vai ser criado junto ao campo de futebol, fora da malha urbana e quase medieval da aldeia.

Haverá ainda 100 animadores em permanência, mais comes e bebes da época e artesanato, além de desfiles históricos, música, dança e espetáculos de cor. Tudo para tornar de novo um sucesso esta que é, como salientou Carla Ponte, «a única feira medieval que acontece nesta altura do ano».

Nova é também a Pop Art Parade, que começa às 00h30 do dia 1 de Janeiro, na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, na Oura, dando seguimento à programação que, antes, teve lugar na Praia dos Pescadores. Esta parada, cheia de cor, música, dança, permitirá que «o que acontece na rua da Oura tenha segurança».

 

João Costa

 

Mas o grande destaque será mesmo o que se vai passar na Praia dos Pescadores. O produtor João Costa comentou: «não conheço, em parte nenhuma do mundo, um palco natural que tenha esta configuração». No fundo, adiantou, o largo, o areal, o mar, as arribas, o céu, todos serão palcos da festa.

«Carpe Nox é um desafio gigante», confidenciou. Porque é preciso produzir um espetáculo para «um público que é transversal, do avô ao neto, famílias nacionais e estrangeiras».

O palco propriamente dito será este ano «maior, com 55 metros de frente, mais atrevido e interativo». Haverá «multimédia gigante» e «efeitos especiais pouco usados em Portugal», garantiu João Costa.

Pelo palco, no dia 30, começará por passar Ritchie Campbel. Mas o prato forte será, como é normal, no dia 31. «Os Gift fazem 30 anos de carreira em 2024 e por isso lançámos-lhes um desafio: criar um alinhamento de músicas que todos conheçam», com a particularidade de que muitas são em inglês, o que certamente agradará ao público heterogéneo.

Mas o Carpe Nox teria de ter, ainda, «algo que apelasse à portugalidade». Por isso, o concerto dos Gift, a dada altura, será «interrompido deliberadamente para entrar em palco o projeto Amália Hoje», que apresentará três temas da diva do fado.

Depois, os Gift retomam, num palco que será «camaleónico».

O final do concerto terá um countdown para a meia noite com «uma banda sonora composta de propósito, com sincronismo ao segundo», durante o qual as pessoas serão convidadas a interagir. «Se correr bem, será arrepiante», afiançou o responsável da produtora TavolaNostra.

O espetáculo seguirá em crescendo, com «projetores laser que nunca foram usados na Europa», colocados no palco, no mar e nas torres, «em sincronismo com a pirotecnia e a banda sonora».

Entrarão depois os aviões de acrobacia com pirotecnia, que vão «fazer coreografia arriscada e perigosa», até porque, ao mesmo tempo, haverá efeitos com laser, que são «o inimigo público dos aviões».

Ou seja, tudo se conjuga para que a noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro seja verdadeiramente memorável. E se chover? «Nunca choveu na passagem de ano em Albufeira. Estamos no 20º ano e nunca choveu», recordou Carla Ponte.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 


Futuro de Albufeira depende de parcerias entre Câmara e empresários

Desidério Silva, antigo presidente da Câmara e da Região de Turismo do Algarve, e agora presidente da Associação para a Promoção de Albufeira (APAL), recordou que esta agremiação tem 220 associados, dos quais 40 hoteis, 20 alojamentos locais e 30 restaurantes.Ora, defendeu, «o investimento que a autarquia faz neste evento tem que ser acompanhado pelos empresários». Como? Pelo menos garantindo que os seus estabelecimentos estão abertos nos dias (e noites) de festa, no Natal e Ano Novo. «O futuro de Albufeira, em termos turísticos e económicos, depende destas parcerias».

Aliás, José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, anunciou que a autarquia encomendou à Universidade do Algarve um estudo que permita avaliar o impacto económico que esta forte programação de Ano Novo traz para o concelho.

 


Ainda vai acontecer muita coisa até à passagem de ano

Nem só de programa de fim de ano vive Albufeira. Até lá, muita coisa vai acontecer, a começar logo no dia 31 de Outubro, com a festa de Halloween.

Délio Pescada, chefe de gabinete da presidência, anunciou que haverá túnel dos horrores, spooky run, muita animação de rua, e ainda música com os djs China e Lo-Fi.

Segue-se, de 29 de Novembro a 3 de Dezembro, a Feira Franca, na Marina de Albufeira, com os habituais divertimentos.

Depois, de 15 a 23 de Novembro, regressa a iniciativa Albufeira Natal que, além do que já é costume, terá uma zona de 70 metros quadrados para as crianças dos 3 aos 8 anos, com legos, animadores da Disney e o tema Frozen II.

Para os mais velhos, haverá um Escape Room da Marvel.

No auditório municipal, será apresentada, a 10 de Dezembro, às 15h30, a peça de teatro «Maria, a neta de Nicolau».

No dia 15, às 21h30, também no auditório municipal, haverá concerto com a Orquestra do Algarve, sob direção do maestro Martim Sousa Tavares.

No âmbito desportivo, além da marcha-corrida de Natal (17 de Dezembro), haverá a primeira edição da São Silvestre Algarve, no dia 29, com partida às 20h00 do Largo Eng. Duarte Pacheco.

Nas freguesias, na Guia, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, haverá o tradicional presépio, enquanto as Ferreiras vão receber o Circo Dallas, de 27 de Dezembro a 1 de Janeiro.

Como concluiu Idalécia Rodrigues, do gabinete de comunicação da Câmara, «durante dois meses terão muitas e boas razões para estar ou visitar Albufeira».

 

 

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