Um grupo de orcas deixou sem leme «um veleiro de bandeira polaca, com dois tripulantes a bordo», este domingo à tarde, «a cerca de 2 milhas náuticas da barra da Armona», revelou ao Sul Informação o comandante Silva Algarvio, capitão do Porto de Olhão, que lançou um aviso à navegação nesta zona, em vigor até hoje, dia 27.
Esta foi uma das duas interações entre orcas e veleiros ocorridos no domingo, ao largo da Ilha da Culatra.
«Cerca do meio-dia, também houve uma interação com um veleiro francês, com sete pessoas a bordo, mas eles tomaram todas as medidas de segurança e as orcas acabaram por seguir o seu caminho», disse ao nosso jornal a mesma fonte.
Menos sorte tiveram os tripulantes do veleiro com bandeira polaca, que foram auxiliados pela embarcação da Estação Salva-Vidas de Olhão e acabaram por ter de ser rebocados para o porto de abrigo da Culatra, devido aos danos que a sua embarcação sofreu.
Nesse mesmo dia, um barco da marítimo-turística Ocean Vibes revelou no Facebook ter avistado junto à Culatra uma «família de 10 a 12 orcas». Na mesma publicação, a empresa aconselhava os velejadores a evitar a zona.
Da parte da capitania, foi lançado «o aviso à navegação», associado «aos habituais conselhos do que fazer sempre que haja uma interação: desligar os motores e a sonda, manter o VHF a transmitir, caso haja alguma situação de emergência e deixar o leme livre», segundo o comandante Silva Algarvio.
Desde 2020, as interações entre orcas e veleiros, ao largo do Algarve, mas também na Costa Vicentina e do Alentejo, têm-se multiplicado e são muitos os relatos de ocorrências, um fenómeno que já está a ser estudado.
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