Santos Silva: «Chega de insultos e de porem vergonha no nome de Portugal»

No final, Santos Silva pediu desculpa a Lula da Silva em nome do parlamento português e agradeceu-lhe a «coragem e educação»

«Chega de insultos e de porem vergonha no nome de Portugal». Foram estas as palavras que o presidente da Assembleia da República dirigiu aos deputados do partido liderado por André Ventura, depois de os parlamentares do Chega terem levantado cartazes durante o discurso do chefe de Estado brasileiro, na sessão que decorreu esta terça-feira, 25 de Abril, no Parlamento.

Mal o Presidente do Brasil iniciou a sua intervenção na sessão solene de boas vindas, os deputados do Chega levantaram-se e empunharam três tipos de cartazes, onde se liam “Chega de corrupção”, “Lugar de ladrão é na prisão” e outros com as cores das bandeiras ucranianas.

O Presidente do Brasil continuou o seu discurso durante mais alguns minutos, mas mal houve uma pausa, as bancadas à esquerda e do PSD aplaudiram entusiasticamente, enquanto os deputados do Chega batiam na mesa, em jeito de pateada, o que levou Augusto Santos Silva a intervir.

«Os deputados que querem permanecer na sala têm de se comportar com urbanidade, cortesia e a educação exigida a qualquer representante do povo português. Chega de insultos, chega de degradarem as instituições, chega de porem vergonha no nome de Portugal», afirmou Santos Silva, visivelmente irritado.

Na sala, ouviram-se gritos «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais», e o presidente do Parlamento recebeu palmas de pé da maioria dos deputados do hemiciclo, do ex-presidente do parlamento Ferro Rodrigues e de alguns convidados como o ex-candidato presidencial Sampaio da Nóvoa, o presidente do PS Carlos César e o secretário-geral do PCP Paulo Raimundo.

Em seguida, Lula da Silva prosseguiu a sua intervenção, mantendo-se os deputados do Chega de pé e com os cartazes levantados, respondendo aos aplausos com pateadas.

No final, Santos Silva pediu desculpa a Lula da Silva em nome do parlamento português e agradeceu-lhe a «coragem e educação», momento que foi aplaudido pelo Presidente da República.



Comentários

pub