AHETA pede intervenção do Governo para evitar greve do SEF

Associação empresarial sugere mesmo a utilização de elementos da PSP

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve apelou ao Governo para «fazer tudo» o que puder, incluindo recorrer à PSP, para evitar ou, pelo menos, minorar o impacto da greve do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que deverá começar amanhã e terminar no dia 10, abrangendo todo o fim-de-semana de Páscoa.

Para os hoteleiros algarvios, «o interesse nacional deve estar acima de interesses particulares e, caso não haja outra opção, o Governo deverá esgotar todas as formas legais para evitar esta greve, prevendo inclusivamente a colaboração da PSP para minorar o pesado impacto».

O pedido é justificado com o forte impacto que a paralisação poderá ter «na principal atividade económica» do Algarve, o «principal destino turístico do país».

A associação empresarial lembra o «episódio que vivemos há poucas semanas no Aeroporto de Faro, por ocasião de uma greve nacional, obrigando a que os passageiros esperassem várias horas, em salas apinhadas de gente, provocando até mau estar e desmaios, entre outros problemas», situação que se deveu à paralisação de elementos do SEF.

«O mais grave foi a imagem do destino que ficou para todos os nossos clientes pois, como seria de esperar, as redes sociais e os órgãos de comunicação social, trataram de divulgar amplamente essas imagens, as quais destruíram tanto a imagem do destino Algarve que muitas campanhas promocionais não apagarão tão cedo», recorda.

«Eis senão quando aparece um novo aviso de greve do SEF, previsto exatamente para a época da Páscoa. Será desnecessário relembrar a todos, que a Páscoa marca o fim da época baixa e permite a afluência de milhares de turistas ao Algarve. Será por isso expectável que o impacto nas chegadas e partidas do aeroporto seja significativo, continuando a “denegrir” a imagem do destino», lamenta a AHETA.

Apesar de garantir que não questiona «os direitos que todos têm a processos reivindicativos», a associação defende que «há que considerar outros fatores, como o contributo que o turismo está a dar ao país», pelo que apela à intervenção de quem tem poder de decisão».

«Há que definir que caminhos que queremos seguir, se devemos todos trabalhar para a recuperação do setor e do país ou se, por outro lado, devemos trabalhar para destruir o trabalho já feito. (…) A decisão é urgente e está sobre a mesa a todo o momento», conclui a AHETA.

 

 



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